Salve o rio

Projeto 'Há gosto pelo Capibaribe' faz música e limpeza do rio

Nova edição do projeto é uma parceria da ONG Recapibaribe e da Orquestra Criança Cidadã. Expectativa é tirar cinco toneladas de lixo do Capibaribe

Da editoria de Cidades
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Publicado em 31/08/2017 às 8:38
Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A nona edição do projeto "Há gosto pelo Capibaribe", que acontece durante toda a manhã desta quinta-feira (31/08), tem o apoio musical de jovens da comunidade do Coque, localizada na área central do Recife. Oito integrantes da Orquestra Criança Cidadã participam da ação, levando ao público um repertório regional, com composições de Luiz Gonzaga, enquanto pescadores parceiros da ONG Recapibaribe, idealizadora do projeto, fazem a retirada de lixo do Rio Capibaribe.

A expectativa é que sejam retiradas até cinco toneladas de detritos do Capibaribe, desde a sede da ONG, no bairro do Monteiro (Zona Norte da capital pernambucana) até as proximidades do Sport Club do Recife, na Ilha do Retiro (Zona Oeste da cidade), com a colaboração de quase 50 pescadores. As três embarcações que retirarem a maior quantidade de lixo serão premiadas. Antes da largada, um café da manhã foi oferecido na sede da entidade ambientalista. A ação deve durar cerca de quatro horas.

De acordo com Maria do Socorro Cantanhede, fundadora e coordenadora da ONG, os pescadores recolheram quatro toneladas de lixo do curso d'água, em 2016. "Nós criamos o movimento Há gosto pelo Capibaribe pela própria necessidade do rio. Olhamos para ele, tão cheio de lixo e de esgoto, e tivemos a vontade de fazer algo melhor. Quem deveria cuidar do rio são os maiores poluidores", declara Socorro Cantanhede, que atua juntamente com o marido, o ambientalista André Cantanhede.

RESPONSABILIDADE

"Não é nossa obrigação limpar o rio, mas estamos fazendo a nossa parte e esperamos estimular outras pessoas a fazerem o mesmo, em outros trechos do Capibaribe e em outros rios também", destaca André Cantanhede. "Cuidar do Capibaribe é obrigação de todo cidadão, todos nós somos responsáveis pelo lixo que produzimos", acrescenta Socorro Cantanhede, alertando para a importância do descarte correto dos detritos. "O rio não precisa de nós, nós é que precisamos dele", afirma Socorro.

O pescador José Guilhermino da Silva, um dos participantes da gincana, disse que "pesca" com frequência garrafas PET, sacolas plásticas e isopor. "Vem mais lixo do que peixe no mangote", observa José Guilhermino. Ele mora no bairro de Peixinhos, em Olinda, e trabalha no trecho do Rio Beberibe que passa pela Ilha do Maruim, na mesma cidade.

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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