As 13 nações de maracatu que participarão da abertura do Carnaval do Recife deste ano realizaram, na noite desta terça-feira (22), um grande ensaio no Marco Zero, no Bairro do Recife. Além dos batuqueiros, ajustaram detalhes para a apresentação o coral Voz Nagô e a cantora Virgínia Rodrigues, que, ao lado do cantor Lenine, iniciarão os festejos momescos na capital pernambucana, na próxima sexta-feira (24).
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“Estamos fazendo a marcação cênica, pois são 620 batuqueiros e ordená-los nesse modelo é um pouco trabalhoso. É importante que eles façam suas marcas, vejam quantos vão ficar na frente e atrás, além de uma marcação corrida do espetáculo como um todo”, explicou Paz Brandão, diretora artística e musical da cerimônia de abertura.
Nesta quarta (22), um novo encontro será realizado no mesmo local, a partir das 19h30, desta vez com a presença de Lenine, que cantará três músicas. Com todas as marcações já delimitadas, o grupo fará um ensaio corrido para afinar o que, porventura, ainda possa estar desajustado.
O espetáculo que inicia a folia no Recife homenageará o percussionista Naná Vasconcelos, que faleceu em 2016 e durante 15 anos comandou os batuqueiros que participam da celebração. Segundo Brandão, este é mais um motivo para que todos deem o melhor de si neste momento. “Essa é a herança que Naná deixou pra gente. A música, a interação entre os mestres, coisa que nunca a gente achou que pudesse acontecer. É ter, no mesmo palco, 13 nações interagindo, tendo que aprender a interagir. Eles entenderam, aceitaram o desafio e estão mostrando que o negócio foi mais além do que até o próprio Naná esperava”, declarou a diretora.
Marinheiros de primeira viagem
Um público pequeno, se comparado ao que o Bairro do Recife espera receber na sexta-feira, acompanhou animado o ensaio de hoje. Até marinheiros de primeira viagem se deixaram encantar pelo batuque do maracatu. “No Carnaval, geralmente vou apenas para o Galo da Madrugada, nada mais. Essa é a primeira vez que acompanho um maracatu e estou fascinada, a emoção é enorme. Com certeza virei para cá novamente quando a festa começar”, afirmou a auxiliar de cozinha Maria do Carmo Félix, 43 anos.
Maria Eduarda de Melo, 30, integra o Maracatu Aurora Africana há apenas quatro meses e é toda ansiedade em relação ao Carnaval. Segundo ela, participar deste momento é a realização de um sonho. “Este vai ser meu primeiro Carnaval com o maracatu, a primeira Noite dos Tambores Silenciosos, o primeiro tudo. Sempre quis fazer parte de um maracatu, mas devido a resistências da minha família só consegui concretizar esse desejo agora. É como se, enfim, eu pertencesse a um lugar no mundo”, relatou, emocionada.