Empresários e comerciantes estão convidados a se engajarem na campanha de doações para as vítimas das enchentes de uma maneira diferente: liberando carga horária de seus funcionários para que atuem como voluntários na imensa tarefa de triar o material, montar as cestas básicas e carregar os caminhões. Universidades e faculdades também podem contribuir estimulando seus alunos a fazerem o mesmo e assim enriquecerem seus currículos como atividade de extensão.
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“Precisamos de voluntários. Se uma empresa, uma igreja, uma universidade, reunir pessoas e vier nos ajudar será ótimo. Doações são bem-vindas. Mas neste momento necessitamos também de mão de obra”, destaca o presidente do Porto Social e idealizador do Movimento Novo Jeito, Fábio Silva. A entidade montou seis pontos de arrecadação no Recife, que somaram 160 toneladas de donativos, com atuação de 1.500 voluntários.
Um exemplo a ser seguido foi de um empresário que fechou a fábrica quinta-feira passada e levou os 135 funcionários para ajudarem no galpão do Novo Jeito, na Ilha do Leite. “Foi maravilhoso, mas sabemos que nem sempre isso é possível. Então o empresário ou comerciante não precisa liberar todos os funcionários de uma só vez. Faz uma escala ou combina que seja por turno”, sugere Fábio. A ong emite declaração de horas trabalhadas como voluntário, caso o trabalhador precise comprovar a ação no emprego.
FRALDAS
Oitenta por cento das doações são roupas. Metade não serve porque está suja ou rasgada. Fábio diz que quem puder ajudar agora deve doar colchões, água mineral, produtos de higiene pessoal (absorventes são bem-vindos) e alimentos que não necessitem de preparo. O governo estadual informa que um item que está fazendo falta é fralda (infantil e geriátrica).