A região de influência da Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, no Agreste do Estado, não recebeu chuvas suficientes para alterar o quadro do maior reservatório para abastecimento humano operado em Pernambuco. Diante da situação, a barragem continua seca.
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Situada na região que possui o pior balanço hídrico do Brasil, Jucazinho não resistiu à estiagem extrema por sete anos consecutivos, entrando em colapso em setembro do ano passado. Ao contrário de outras barragens do Agreste, mesmo com as chuvas, não foi possível recuperar o nível de água. Esse é o pior cenário desde a inauguração, em 2000, segundo a Companhia Pernambucana de Águas e Clima (Compesa).
Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), no Estado, ocorre uma má distribuição espacial das chuvas, ou seja, há regiões que há grande concentração pluviométrica e outras que não chove quase nada.
A última vez que a Barragem de Jucazinho sangrou foi em setembro de 2011. Ainda de acordo com a Apac, para reverter essa situação, seria preciso ocorrer fortes chuvas nos municípios da bacia do Rio Capibaribe - como Jataúba, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Vertentes, Frei Miguelinho e Riacho das Almas. As chuvas precisariam ser tão intensas (e concentradas em um ou poucos dias) como as registradas em julho deste ano, na Zona da Mata Sul.
Alternativas
Com o colapso, algumas cidades atendidas por este sistema passaram a ser abastecidas por outras fontes de água, como Caruaru, Gravatá e Bezerros. Para melhorar o fornecimento de água para Caruaru e outras cidades da região, como Santa Cruz do Capibaribe, a companhia está realizando uma obra para ampliar as estações de bombeamento do Sistema do
Prata/ Pirangi, que vai aumentar a capacidade de transporte de água do
sistema.