Duas semanas após o acidente que matou sua esposa, seu filho de 3 anos e a babá da criança, que estava grávida, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira, 46, recebeu alta. Ele foi liberado do Hospital Santa Joana, no Centro do Recife, na tarde desse domingo (10). A filha, Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5, permanece internada na unidade de saúde.
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De acordo com familiares, Miguel não pretende, por enquanto, se pronunciar sobre o trágico acidente registrado no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, na Tamarineira, Zona Norte do Recife, no dia 26 de novembro. Ele está concentrado apenas na recuperação da filha, que permanece em estado grave, mas respirando de forma espontânea.
Ainda segundo a família, o advogado não voltou para a casa onde morava com a família. Ele foi para a casa dos pais, que é mais perto do hospital onde está a filha.
Miguel deu entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Santa Joana após sofrer traumas no tórax e no abdome. Marcela foi admitida na unidade de saúde com traumatismo craniencefálico (TCE).
O acidente
O jovem João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, dirigia a 108 km/h o Ford Fusion que atingiu o Toyota RAV4 conduzido, a 30 km/h, pelo advogado Miguel Arruda. No acidente, morreram a mulher do advogado, Maria Emília Guimarães, 39 anos; seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, 3; e a babá grávida de três meses Roseane Maria de Brito, 23. Laudo pericial constatando as velocidades faz parte do inquérito que foi remetido nesta segunda-feira (4) ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Se depender do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), João Victor pode ter pena de mais de cem anos em vez dos 70 anos indicados no inquérito da Polícia Civil. A promotora de Justiça Ana Maria Sampaio Barros de Carvalho ofereceu denúncia crime contra ele, sustentando o indiciamento por triplo homicídio e mudando a tipificação de dupla lesão corporal grave para duas tentativas de homicídio.