Carnaval 2018

Domingo de pré-Carnaval em Olinda é marcado por clima tranquilo

Segundo diversos foliões presentes na cidade, o clima está tranquilo e seguro

JC Online
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Publicado em 07/01/2018 às 18:47
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Faltando pouco mais de um mês para o Carnaval, a folia tomou conta de Olinda, no Grande Recife. Diferente das cenas de brigas e arrastões registrados nas prévias do ano passado, este domingo (7) pré-carnaval foi marcado por um clima de tranquilidade. Tirando ocorrências pontuais de furtos de celulares, comuns no período carnavalesco, muitos foliões destacaram que se sentiram seguros enquanto brincavam nas ladeiras da cidade.

"Está fantástico, tem muita gente, mas o clima é super agradável. Está bem seguro, bem policiado e nenhum momento me senti ameaçada", afirmou professora do Recife, Laura Martins, de 59 anos.

Para o engenheiro Tomaz de Aquino, morador do Sítio Histórico, a segurança vista durante o domingo (7), em comparação com a das prévias do ano passado, está "mil vezes melhor". "Eles estão abordando quem é necessário, estão deixando brincar. Em comparação com o ano passado, está mil vezes melhor", afirmou.

A autônoma Ana Beltrão, 51, foi para Olinda acompanhada de amigos. Para ela, o pré-carnaval chega a ser melhor do que a festa em si. "O melhor do Carnaval são as prévias, é onde a gente tem mais tranquilidade. Eu prefiro as prévias. Observei muitos policiais na rua" disse.

Na Cidade Alta, a folia começou às 9h, com a comemoração do aniversário do grupo Maracafrevo. A programação ainda incluiu os ensaios do Maracatu Nação Camaleão, Bloco Mangue Beat e da Escola de Samba D’Breck.

Um dos destaques do dia foi o ensaio aberto da tradicional troça Pitombeira dos Quatro Cantos, que saiu de sua sede, na Rua 27 de Janeiro, no Carmo, e percorreu diversas ruas lotadas na Cidade Alta. "O ensaio superou nossas expectativas e acho que superou as expectativas da própria cidade, acho que não estavam esperando essa quantidade de gente que veio prestigiar o ensaio. Há um monte de apaixonados pela Pitombeira", afirmou Julio Silva, presidente da troça.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Esquema de segurança

Para receber os foliões, Olinda conta com esquema de de segurança especial, que está em prática desde setembro de 2017, quando começaram as prévias carnavalescas. Segundo o comandante da  Companhia Independente de Apoio ao Turista (Ciatur), major Geovani Augusto, a Polícia Militar se preparou bastante para a festividade. "Fizemos um planejamento específico para as prévias em duas fases. A primeira, indo de setembro a dezembro e a segunda fase das prévias agora em janeiro, onde o esforço operacional ainda é aumentado", explicou.

"Basicamente todas as ruas do Sítio Histórico estão policiadas. Nós temos um policiamento a pé e um motorizado, onde as viaturas circular em um perímetro maior, externo, objetivando a segurança das pessoas que vêm brincar o carnaval de Olinda", disse o major.

Horários

As festividades não podem ultrapassar o horário das 20h, além de ser proibida sonorização eletrônica, com exceção apenas de som de pequeno porte para instrumentos onde há necessidade.

Preocupação em 2017

Muitos moradores de Olinda compartilharam a mesma preocupação a cada fim de semana do mês de janeiro de 2017: o medo da violência. 

Um desses moradores foi Cláudio Francisco Nigro, de 82 anos, que mora em uma casa na Ladeira da Misericórdia desde que nasceu. Às 16h e sentado em frente à sua casa para ver os blocos e as troças que passavam, o idoso já fazia planos de se recolher antes das 18h. "É a hora que começam as brigas. As gangues se enfrentam, garrafa voa para todos os lados e depois acontece arrastão", relatou Cláudio.

 

 Esse foi o panorama de Olinda na noite deste domingo. Brigas, tumultos e violência. #AperteoPlay e confira

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Na época, a segurança feita pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Municipal foi muito presente na área da Praça do Carmo e proximidades, local onde costumeiramente muita gente se reúne nas prévias de Carnaval. Nas ladeiras, no entanto, apenas algumas equipes da PM passaram a pé pelo local.

Para os moradores, a segurança ainda era insuficiente. "A polícia chega, coloca eles no muro para fazer a revista e depois libera. Na semana seguinte acontece a mesma coisa", reclamou o Sr. Cláudio Francisco.

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