As discussões sobre o Plano Diretor do Recife não se limitam ao cronograma estabelecido pelo município. A Rede Empresarial de Articulação da Construção Urbana (Redeprocidade), que busca ampliar a integração do setor com a sociedade, tem encontro marcado depois de amanhã, com mais de 30 entidades da sociedade civil ligadas ao setor da construção e ao mercado imobiliário, para debater o tema. O encontro acontece a partir das 12h30, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon), na Ilha do Leite, área central do Recife.
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“O prazo apresentado pela prefeitura não é o ideal, é apertado, mas a discussão sobre isso é inócua. O plano precisa ser encaminhado até o final do ano e nós devemos ser proativos”, afirma o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Gildo Vilaça. “Já sabíamos da revisão, não vamos começar a pensar nisso a partir de agora, já temos nossas propostas e a participação social está acontecendo, sim, já é nosso segundo debate”.
CIDADE DEMOCRÁTICA
Gildo afirma que serão apresentados dez pontos que o setor considera essenciais para o desenvolvimento equilibrado da cidade. “Quem concordar com eles vai assinar um documento e nós vamos defendê-los, não há nada polêmico, mas só vamos divulgar no dia. E a ideia não é trabalhar em prol de ninguém, mas da cidade, que precisa de uma dinamização. Hoje, o Recife está ficando muito elitizado, muito caro e há ações que precisam ser feitas para torná-lo mais democrático”.
O representante da Ademi lamenta que o município não tenha iniciado as discussões a partir de uma proposta já formada, para ir alterando com as contribuições. “Uma coleta aberta é mais complicada, mas vamos fazer a nossa parte”, diz. Segundo ele, entre as entidades convidadas estão a Arquidiocese de Olinda e Recife, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), shoppings e sindicatos do setor.