Ciclistas

Estudo mostra qualidade das faixas para bicicleta no Recife

Índice será levantado a cada dois anos, para analisar evolução histórica

Diogo Cavalcante
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Diogo Cavalcante
Publicado em 14/09/2016 às 22:17
Helia Scheppa/Arquivo JC Imagem
Índice será levantado a cada dois anos, para analisar evolução histórica - FOTO: Helia Scheppa/Arquivo JC Imagem
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A primeira edição do Índice de Desenvolvimento Cicloviário (IDECiclo) foi divulgado na noite desta quarta-feira (14). Organizado pela Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) e pelo Observatório do Recife, o número mostra a situação das faixas destinadas à bicicletas (ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas). O índice, que vai de 0 a 1, mostra a capital pernambucana com 0,059.

Se o Plano Diretor Cicloviário do município tivesse sido cumprido na íntegra e realizado com altíssima qualidade, a taxa seria 0,579. O cálculo feito se baseia  em critérios como qualidade, segurança, conforto, largura das faixas e tamanho da malha disponibilizada, mas ponderando de acordo com a relevância da via onde a faixa se localiza. Por exemplo, uma ciclofaixa numa via arterial (60 km/h), como a Via Mangue, pesa mais do que uma numa via local (30km/h), como uma rua de bairro.

"Um quilômetro de ciclofaixa em um local como a Agamenon Magalhães, contribui mais, causa mais impacto, o próprio ciclista sente", afirma Daniel Valença, do Observatório do Recife. O IDECiclo divulgado hoje tem como data o dia 1º de julho de 2016. O próximo será divulgado em 1º de janeiro de 2017, quando seguirá sendo feito a cada dois anos, para coincidir com início, meio e fim das gestões municipais.

Cada faixa recebe notas, que vão de 0 a 10, antes de entrarem no cálculo que gera o IDECiclo. Neste caso, a pior de todas é a ciclofaixa da Rua Paula Batista, com nota 3,9. Ela fica em Casa Amarela, Zona Norte da capital, no trecho entre a Rua Conselheiro Nabuco e a Estrada do Arraial. A melhor é a ciclovia da Via Mangue, na Zona Sul, com nota 8,0 - a mais próxima do ideal de uma via perfeita na cidade.

Os fatores levados em consideração para a nota de cada faixa são adequação, proteção, controle de velocidade, pintura, largura, sinalização, situações específicas de risco, traçado, bidirecionalidade, sombreamento, pavimento e presença de obstáculos.

Nesses detalhes, há curiosidades, como a reprovação do sombreamento na ciclovia da Via Mangue, inadequação do piso da ciclovia da Avenida Boa Viagem, e a largura extremamente pequena e fora dos padrões técnicos da ciclofaixa do Cavouco, localizado no bairro do Engenho do Meio. 

O IDECIclo será realizado a cada dois anos para avaliar o desenvolvimento da malha viária para este modal.

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