A Polícia Federal, em Pernambuco, e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) abriram nesta quinta-feira (8) a Operação Torrentes II - Círculo de Fogo. O objetivo é desarticular um esquema de empresários e agentes públicos, suspeitos de desviar recursos do Ministério da Integração Nacional (MI) destinados a vítimas de seca no Maranhão. Esta é a segunda fase da operação Torrentes. A primeira etapa foi deflagrada em novembro de 2017.
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Na ocasião, os investigadores identificaram o pagamento de propina a servidores da Secretaria da Casa Militar de Pernambuco. Os funcionários teriam favorecido a contratação de uma empresa, registrada em nome de laranjas, para aquisição de produtos para restabelecimento das cidades da Mata Sul do Estado. Os municípios foram atingidos por chuvas torrenciais em 2010 e 2017 A estimativa é que os convênios investigados somem mais R$ 400 milhões.
Na Torrentes II, a suspeita é de que agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMA) também teriam recebido vantagens indevidas para favorecer a contratação, em 2013, da mesma empresa alvo da primeira fase da operação. A empresa forneceria cestas básicas e entrega de filtros de propileno para água em municípios do Estado atingidos pela seca naquele ano.
Os contratos investigados, cujos valores transferidos pelo Ministério da Integração Nacional superam R$ 10 milhões, foram firmados a partir de adesão às atas de registro de preços elaboradas pela Casa Militar de Pernambuco.
A Torrentes II cumpre sete mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, nas cidades de Recife e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e em São Luís, no Maranhão. Atuam na operação cinco auditores da CGU e cerca de 90 policiais federais.
Defesa
A reportagem está tentando contato com o Corpo de Bombeiros do Maranhão. O espaço está aberto para manifestação.