Um cabo da Polícia Militar de Pernambuco foi expulso da corporação pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em portaria publicada nesta quarta-feira (5) pelo Diário Oficial do Estado. O policial está preso desde quando foi alvo da Operação Trevo, deflagrada pela Polícia Federal em 2014.
Na época, o cabo foi acusado de ser proprietário de estabelecimentos de jogo de azar em diversos bairros do Recife. Segundo a portaria da SDS, Também foi comprovada a participação dele em um grupo criminoso que cuidava dos espaços e impedia a organização de ações da polícia nesses locais, deixando de exercer a prática do seu ofício como policial na repressão das práticas de jogos ilícitos.
A SDS informou que o policial feriu preceitos éticos impostos à corporação, já que o ele exercia atividade comercial e, mesmo de licença médica, estava presente em um pagode na época da operação da PF, quando foi chamado para ser ouvido em uma sindicância da PM.
Por isso, de acordo com informações divulgadas pela portaria, o cabo foi expulso por não demonstrar ter condições éticas de permanecer na Polícia Militar.
Operação Trevo
A Operação Trevo foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 11 de novembro de 2014, quando desarticulou supostas organizações criminosas especializadas em fraudes com títulos de capitalização popular, jogos de azar, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro e a economia popular. Na ocasião, foram cumpridos diversos mandados de prisão, busca e apreensão, além de determinação de bloqueio de valores.
Leia Também
Na primeira fase da operação, diversos mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, muitos deles no Recife. Altas quantias em dinheiro e artigos de luxo, como carros importados, foram encontrados e retidos pela PF.