Uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área Central do Recife, na tarde desta quinta-feira (04), reuniu especialistas de diversas áreas do conhecimento para debater sobre o jogo suicida Baleia Azul.
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O encontro teve autoria da deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) e contou com a presença de representantes da Polícia Civil, do Governo do Estado e da sociedade civil. "Nosso propósito é ouvir os diversos entes governamentais e representantes da sociedade sobre o problema com o objetivo de, se for o caso, instruir as pessoas sobre o que está acontecendo", explicou a deputada.
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Independente de área, especialistas parecem entrar em consenso: a falta de estrutura familiar é um dos principais motivos que levam adolescentes a procurarem o desafio, cuja tarefa final o suicídio. “Estamos em uma era de individualidade plena. Parece que a internet está separando as famílias. Elas estão conectadas através de seus celulares, mas não estão ligadas emocionalmente. A Baleia Azul está refletindo esse estado de solidão”, defendeu a psicóloga Susana Schettini, terapeuta de crianças e adolescentes. Segundo ela, os filhos hoje vivem uma orfandade psicológica. “Vejo muitas pessoas gerando crianças e poucas sendo pais. Ser pai é um compromisso, uma responsabilidade, um projeto de vida.”
DIÁLOGO
Terceira causa entre as mortes violentas de jovens no Brasil, o suicídio precisa estar no centro do debate, segundo a presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Kátia Petribu. "É vantajoso falar sobre o assunto. Não mostrar os métodos, as formas, pessoas que cometeram suicídio, mas levantar este tema, sobre desesperança, depressão. Falar faz com que se entenda melhor, faz com que as pessoas busquem ajuda com um tratamento adequado", defende.