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Palco Giratório completa 20 anos com apresentações em 144 cidades

Abertura do projeto no Recife será dia 4 de abril, com o espetáculo 'Angu de Sangue'

Da Agência Brasil Alana Gandra
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Da Agência Brasil
Alana Gandra
Publicado em 30/03/2017 às 10:16
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Abertura do projeto no Recife será dia 4 de abril, com o espetáculo 'Angu de Sangue' - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Para comemorar 20 anos de atividades, o Palco Giratório, circuito de artes cênicas do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), iniciou ontem (29) visita a 144 cidades em 26 estados e ao Distrito Federal. “O circuito, na verdade, é uma itinerância não só de grupos de dramaturgia, mas movimenta a cena contemporânea brasileira”, destacou nessa terça-feira (28), em entrevista à Agência Brasil, a gerente de Cultura do Sesc Nacional, Márcia Rodrigues.

Ela informou que o projeto promove encontros entre diferentes grupos artísticos, estudantes, pesquisadores de teatro, dança, teatro de rua, teatro infantil, performances, intervenções “É um verdadeiro encontro e troca sobre o que acontece na cena cultural, na dramaturgia brasileira”, afirmou Márcia.

O Palco Giratório será aberto na cidade de Campina Grande (PB), com exibição inédita de uma releitura da obra A Tempestade, de Shakespeare, pelo diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro Augusto Boal, intitulada Caliban – A Tempestade de Augusto Boal, pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Esse grupo gaúcho é o homenageado deste ano do circuito.

PROVOCAÇÃO

Serão ao todo, até o início de dezembro, 685 apresentações, com a participação de 20 companhias. “São trabalhos instigantes e provocativos, uma característica do projeto”. Além de serem exibidos ao público, os trabalhos são discutidos com as comunidades. A gerente explicou que não se trata de espetáculos comerciais. São grupos experimentais e de pesquisa que vão para o palco ou para a rua “para provocar, nos desafiar em relação ao que está acontecendo no mundo contemporâneo sobre as questões humanas”.

A programação do Palco Giratório é selecionada por curadores do Sesc em todo o Brasil, que se encontram uma vez por ano e durante dez dias escolhem os grupos que vão se apresentar no ano seguinte. A seleção atende a critérios como qualidade do espetáculo, pertinência dele no cenário atual, representações do Brasil e diversidade de linguagens de dramaturgia. “Tudo isso compõe a bagagem do projeto naquele ano”, comentou Márcia.

Além dos espetáculos, são feitas oficinas do Teatro do Oprimido, criado por Augusto Boal, e exposição com a história da peça Arena Conta Zumbi, musical escrito por Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal em 1965, que relata o trabalho de resistência de Boal no Teatro de Arena, durante o período do regime militar no país. Estão previstas 1.188 horas de oficinas. Em março de 2018, começa um novo roteiro do Palco Giratório, com mais 20 grupos que vão circular pelo Brasil. “Isso já acontece há 20 anos”.

Considerado um dos maiores projetos no segmento de artes cênicas nacional, o Palco Giratório registrou nesses 19 anos de existência um total de 9.526 apresentações, envolvendo grupos de teatro de rua, circo, dança, entre outras linguagens artísticas, em instalações do Sesc e outros espaços.

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