OSCAR

Ingleses jogam pesado na briga pelo Oscar de Melhor Ator

Três atores da terra de Shakespeare disputam a categoria, com Daniel Day-Lewis lutado pela quarta estatueta

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 01/03/2018 às 18:13
Universal Pictures/Divulgação
Três atores da terra de Shakespeare disputam a categoria, com Daniel Day-Lewis lutado pela quarta estatueta - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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A categoria de Melhor Ator repete a mesma mistura de experiência e juventude observada entre as atrizes que concorrem ao Oscar deste ano. Embora Meryl Streep seja a recordista de indicações, Daniel Day-Lewis é o recordista de prêmios, já que conquistou três vezes a estatueta.

Na pele do mimado e "amaldiçoado" Reynolds de Trama Fantasma, de Paul Thomas Anderson, Day-Lewis periga novamente de ganhar mais um Oscar de Melhor Ator. Se ganhar, dificilmente alguém irá superá-lo algum dia. Assim como os personagens de Meu Pé Esquerdo, Sangue Negro e Lincoln - os três filmes pelos quais foi indicado -, o estilista de Trama Fantasma é outro trabalho de grande apuro do ator londrino de 61 anos.

No encalço de Day-Lewis, dois atores da mesma geração correm para ficar com a estatueta: o também londrino Gary Oldman, indicado pela segunda-vez, e o americano Denzel Washington, um astro negro que já levou dois Oscars para casa (uma em 1989, por Tempo de Glória, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, e outra em 2002, por Dia de Treinamento, esta pela categoria de Melhor Ator).

A diferença aqui é que Denzel foi indicado por Roman J. Israel, Esq., um filme que recebeu pouca atenção - no Brasil, sequer chegou aos cinemas -, mas que está sendo considerado como um dos melhores trabalhos dele ao viver um advogado idealista. Ao contrário, e apesar da pesada maquiagem, Oldman interpreta ninguém menos que o primeiro-ministro Winston Churchill, o homem que liderou a Inglaterra durante a 2ª Guerra Mundial.

Correndo por fora, dois jovens atores mais se apresentam ao público do que lutam por reconhecimento, muito embora cada um tem defendido seus personagens com afinco. No caso de Timotheé Chalamet, de 23 anos, que vive um adolescente em Me Chame Pelo Seu Nome, de Luca Guadagnino, o longa é ode ao amor entre os homens, mas que não faz muito alarde da questão homossexual.

Aos 29 anos, com bastante experiência na TV e menos no cinema, o londrino - o terceiro!! - Daniel Kaluuya é uma grande revelação em Corra!, para muitos o Melhor Filme de 2017. Sátira racial e filme de terror, com forte comunicação com o público, o longa-metragem traz Kaluuya na pele de um talentoso fotógrafo negro que é convidado pela namorada branca para conhecer a família dela no fim de semana.

Para quem esperava uma comédia explorando as diferenças as raciais, o que já seria interessante, o jovem ator e diretor Jordan Peele traz um filme de terror azeitado, em que as surpresas acontecem a cada cena. Corra! é um filme para ser visto no cinema, de preferência numa sala com um grande público, em que todos têm os nervos testados pelas ousadias do diretor.

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