O convidado do Conversa com Bial na madrugada desta sexta-feira (8) foi o comediante Renato Aragão. Além de relembrar as várias fases da carreira, ele, hoje aos 82 anos, foi questionado por Pedro Bial sobre como o humor que fazia junto aos outros três Trapalhões - Dedé, Mussum e Zacarias - seria recebido hoje pelo "politicamente correto".
"O humor que os Trapalhões praticavam, hoje não seria possível. Vocês seriam chamado de homofóbicos, preconceituosos“, disparou o apresentador. “A gente não fazia isso para ofender, a gente era palhaço", respondeu Renato. "Eram coisas para agradar. Ninguém nunca tentou ofender quem quer que seja. Os Trapalhões são insubstituíveis. Ninguém pode ser Zacarias. Essa turma nova são imitadores dos Trapalhões, Mussum, Zacarias, Didi e Dedé”, continuou.
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OS NOVOS TRAPALHÕES
Ao abordar nova versão de Os Trapalhões, que a Rede Globo levará ao ar a partir do próximo dia 17, Bial confessou que se viu surpreso diante da novidade.
“Eu confesso que gelei, não gostei da ideia quando me falaram que ia fazer uma homenagem. Depois eu me acalmei quando falaram que não eram um remake, uma imitação, mas que iam fazer de novo os Trapalhões, ou os filhos dos Trapalhões. Os Trapalhões eram a expressão de uma época, que se foi, que acabou", opinou.
Renato Aragão falou, ainda dos artistas que o inspiraram, dentre os quais, Oscarito, Charles Chaplin, Carmen Miranda e Ronald Golias: “A gente [Golias e ele] tinha uma amizade muito forte. Ele nunca influiu na minha vida, mas eu o admirava como comediante, ele me ajudou muito. Ele era imitável, parece que ele recebia o Bronco”, relembrou.