MC Diguinho afirma que vai lançar 'versão light' de funk

O funkeiro enviou, através de sua assessoria, uma nota de esclarecimento em que ''reconhece o conflito de informações devido toda repercussão''

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O funkeiro enviou, através de sua assessoria, uma nota de esclarecimento em que ''reconhece o conflito de informações devido toda repercussão'' - FOTO: Foto: Reprodução/Youtube

Após ser acusado de fazer apologia ao estupro com a música 'Só surubinha de leve', o funkeiro MC Diguinho enviou, através de sua assessoria, uma nota de esclarecimento em que 'reconhece o conflito de informações devido toda repercussão" e confirmou que vai lançar uma 'versão light' da música.

"O mesmo informa que em sua residência mora com a sua mãe, irmãs e sobrinha. Jamais iria denegrir a honra e moral das mulheres", diz o comunicado.

O hit era o mais ouvido na plataforma de streaming Spotify. A assessoria da plataforma informou ao E+ que recebeu diversas denúncias e entrou em contato com a gravadora, que prometeu retirar a música. A faixa tem trechos como "Taca a bebida/ Depois taca a p.../ E abandona na rua".

Reações

A letra tem sido vista como apologia ao estupro por muita gente. A reação começou depois que Ludmilla postou a letra do refrão no Twitter e foi alvo de críticas por parte dos seus seguidores.

  

 

A principal reação foi a da estudante e artista Yasmin Formiga, que na sua página no Facebook postou uma foto sua segurando um cartaz com a letra e uma maquiagem que sugere que havia sido agredida. “Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam. Sua música aumenta a misoginia. Sua música aumenta os dados de feminicídio. Sua música machuca um ser humano. Sua música gera um trauma. Sua música gera a próxima desculpa. Sua música tira mais uma. Sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua”, escreveu na postagem, com mais de 125 mil compartilhamentos.

Em uma postagem já apagada, o MC Diguinho havia respondido às críticas, dizendo: “Se a minha música faz apologia ao estupro, prazer sou o mais novo estuprador, apenas fiz a música da realidade que vivo e muitos brasileiros vivem. Viva a putaria!”. O perfil que postou o print, Feministas GM, ainda criticou a resposta. “Essa é a realidade de muita gente, ok! Mas então pq não tentar mudar? Fazer músicas que incentivem a mudança ao invés da apologia? Pois isso evidentemente é apologia, e quem pensa o contrário é um verdadeiro estuprador igual este homem que faz sucesso em cima de uma coisa tão triste que é o estupro”, afirma.

  

 

 A música ainda foi temas de textos opinativos. No jornal Extra, Mônica Raouf El Bayeh defende que a música “é um convite ao estupro coletivo”. “Como alguém pode se divertir ao som de uma coisa dessas? Já alcançou 13 milhões de visualizações. Isso é muito grave.”, escreve.

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