A Academia de Televisão dos Estados Unidos anunciará nesta quinta-feira (12) os indicados ao Emmy, em um ano sem grandes estreias e que deve ser dominado por velhos conhecidos da indústria.
A crítica concorda que a última temporada não foi um grande ano para a TV, mas os programas já consolidados conseguiram manter a qualidade e o sucesso.
"Como alguém que tradicionalmente gosta mais do cinema que da televisão, a riqueza da telinha nos últimos anos realmente me emociona", declarou à AFP o jornalista e produtor Simon Thompson.
"Está assumindo riscos que Hollywood ainda não se atreve a tomar e você observa os frutos", completou.
Os críticos de TV não apontam uma série que poderia dominar as indicações, que incluem programas transmitidos até 31 de maio.
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Veep, série de comédia da HBO que já venceu o Emmy diversas vezes, está fora da disputa este ano, depois que sua protagonista Julia Louis-Dreyfus se afastou para lutar contra um câncer de mama.
Outras séries que estão fora em 2018 são Better Call Saul e House of Cards, esta última abalada pelo escândalo de abuso sexual em Hollywood após várias denúncias contra seu astro, Kevin Spacey, que foi demitido da produção.
Game of Thrones (HBO) - programa de ficção com o maior número de prêmios na história do Emmy - retorna após um ano de ausência e deve enfrentar na categoria de série dramática a vencedora de 2017, a distópica The Handmaid's Tale, que permanece entre as favoritas.
O drama da NBC This Is Us também deve receber sua indicação, assim como a série da HBO Westworld e os sucessos do Netflix Stranger Things e The Crown.
Outra série cotada é The Americans, sobre espiões russos durante a Guerra Fria, do canal FX, muito elogiada pela crítica e que teve a sexta e última temporada exibida em 2018.
O retorno da série dos anos 1980 Roseanne fez muito sucesso, com sua rara representação da vida da classe operária na televisão americana, e também de simpatizantes do presidente Donald Trump, amplamente ignorados por Hollywood.
Mas um tuíte racista de sua protagonista Roseanne Barr - que na vida real apoia o presidente republicano - levou o canal ABC a cancelar o programa.
"O fato de que tantas pessoas, na frente e atrás das câmeras, perderão a aclamação que merecem pela ação de Roseanne Barr é uma verdadeira vergonha", afirmou Thompson.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 17 de setembro no Microsoft Theater de Los Angeles.