POLÊMICA

Mr. Catra critica proposta de criminalização do funk: 'Feita por genocidas'

'Escola 'nego' não dá, agora cultura que Deus deu para a gente, para a gente se defender, eles querem proibir', criticou o funkeiro

JC Online
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Publicado em 07/08/2017 às 10:07
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'Escola 'nego' não dá, agora cultura que Deus deu para a gente, para a gente se defender, eles querem proibir', criticou o funkeiro - FOTO: Foto: Reprodução/ Facebook
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Escrita e promovida pelo webdseginer paulistano Marcelo Alonso, a proposta de crimizalização do funk teve 21.985 assinaturas na internet e será debatida no Senado Federal. Caberá aos senadores, em relatoria de Romário (PSB - RJ) decidir se o gênero musical será considerado crime.

A proposta causou polêmica. O próprio Romário a criticou, dizendo ser uma medida inconstitucional e preconceituosa. 'Criminalizar funk é criminalizar a periferia', afirmou o senador. Há mais de vinte anos no funk, o MC carioca Mr. Catra também criticou o projeto.

PATRIMÔNIO CULTURAL

"É uma proposta feita por genocidas", afirmou Catra em entrevista ao portal IG. "Eu acho que o Ministério Público tinha que tomar atitude com isso. Eles estão tentando ir contra o patrimônio cultural. O funk é um patrimônio cultural. É preconceito total. E como a gente vive num país livre, com o funk que representa o povo, com uma lei contra o próprio povo?".

Para o funkeiro, criminalizar o funk teria um impacto negativo na economia pois o gênero gera renda. "Seria a mesma coisa de você colocar mais de meio milhão de trabalhadores na rua ao mesmo tempo, quais são as consequências? Aumento da criminalidade, da prostituição, aumento de pobreza", disse. "Escola 'nego' não dá, agora cultura que Deus deu para a gente, para a gente se defender, eles querem proibir", concluiu.

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