Peritos da Polícia Federal estiveram nesta terça-feira (4) pela primeira vez no interior do Museu Nacional, da UFRJ, que foi destruído por um incêndio na noite de domingo (2). Segundo os peritos, enquanto as investigações não estiverem concluídas, ninguém pode entrar no prédio nem remexer os escombros para não apagar eventuais pistas que possam ajudar a esclarecer a tragédia.
Além disso, permanece o risco de desabamento de estruturas internas do Palácio São Cristóvão, segundo confirmou a Defesa Civil.
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A fachada, que é parcialmente feita de pedra e tem um metro de espessura, está segura. Mas gradis e estátuas, por exemplo, podem cair. O colapso do telhado poderia afetar a estabilidade das imagens.
A vice-diretora do museu Cristiana Serejeiro explicou também que, como se trata de um museu, não é recomendável que qualquer pessoa tente remexer os escombros e retirar eventuais peças do acervo que tenham sobrevivido ao fogo. Segundo ela, uma empresa especializada deverá ser contratada para a função. "É praticamente um trabalho de arqueologia", disse.
Peças resgatadas
Mais cedo, no entanto, antes da interdição total feita pela Polícia Federal, algumas poucas peças tinham sido resgatadas por funcionários e bombeiros, como um quadro do Marechal Rondon, que estava no hall do museu, meteoritos, dois vasos de cerâmica e fragmentos de crânios humanos. "Não sabemos se trata-se do crânio de Luzia, mas temos esperança", explicou a vice-diretora
Além disso, explicou Cristiana, alguns acervos do museu que ficavam em prédios anexos, foram preservados, num total de um milhão e seiscentos mil itens. Entre eles, os 500 mil volumes da biblioteca (com 1.560 obras consideradas raras), a coleção de botânica (com 550 mil peças), o acervo de vertebrados (de 460 mil itens) e pelo menos 150 mil invertebrados.