Audiência na Vara do Trabalho de Itaboraí, no Grande Rio, discute na manhã desta segunda-feira (9) o pagamento de salários atrasados de 2.500 trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), trabalhadores da empresa Alumini, que atua na construção da refinaria da Petrobras, estão sem receber salário desde novembro do ano passado.
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Ainda de acordo com o MPT, apenas os salários referentes a janeiro deste ano, somam R$ 7,8 milhões. A audiência foi marcada devido a duas ações civis públicas iniciadas pelo MPT, exigindo o pagamento dos salários atrasados de empregados e de verbas rescisórias para 500 demitidos.
Em primeira decisão, a Justiça já condenou a Alumini a pagar R$ 14 milhões referentes aos meses de novembro e dezembro de 2014. O pagamento ainda depende de recursos judiciais.
O MPT quer que a Justiça também considere a Petrobras como corresponsável pelo pagamento dos empregados, caso a Alumini não pague os trabalhadores. A ação pede ainda pagamento de R$ 5 mil para cada funcionário por danos morais e R$ 300 mil para projetos sociais ou para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) por danos coletivos.
A Alumini passa por um processo de recuperação judicial na 2a Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O MPT quer que, no processo, parte do valor bloqueado seja destinado ao pagamento dos funcionários do Comperj.
Os 2.500 empregados da Alumini estão sem trabalhar desde o início de janeiro.