A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 1,542 bilhão em agosto, informou nesta quinta-feira (13) o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto é recorde para meses de agosto e o quarto melhor mês do ano. O recorde mensal de vendas ocorreu em janeiro deste ano: R$ 1,848 bilhão.
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O balanço foi divulgado com um mês de atraso por causa da greve do Tesouro Nacional, que paralisou parcialmente as atividades do órgão por mais de dois meses. Apenas no mês passado, 44.910 participantes passaram a fazer parte do programa. Ao todo, o Tesouro Direto conta com 930.196 investidores cadastrados, alta de 68,4% nos últimos 12 meses.
No mês passado, os títulos mais vendidos foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Esses papéis concentraram 59,4% das vendas em agosto.
Em segundo lugar, vieram os papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que responderam por 27,1% das vendas. Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 13,4% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 73,2% do volume aplicado no mês.
Com o resultado de agosto, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 3,7% em relação a julho, alcançando R$ 35,4 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 526,3 milhões. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.