O Banco Central afirmou nesta quinta-feira (22) por meio de sua assessoria de imprensa, que a medida anunciada pela manhã pelo presidente Michel Temer, na área de cartões de crédito, está sendo estruturada pela instituição.
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"A medida anunciada pelo Exmo. Sr. Presidente Michel Temer está sendo estruturada no âmbito do Banco Central com vistas a proposição, ao Conselho Monetário Nacional, de edição de Resolução de competência daquele Colegiado", informou o BC.
Na quarta-feira, o BC participou de reunião do CMN, mas nenhuma resolução para a área foi tomada. A próxima reunião ordinária do conselho está agendada para 26 de janeiro, mas nada impede que sejam convocadas reuniões extraordinárias antes disso.
O Banco Central também confirmou, por meio da assessoria de imprensa, informações divulgadas nesta quinta, tanto pelo governo, quanto por representantes do setor, de que "a proposta em estudo consiste no estabelecimento de prazo máximo para o financiamento de compras no cartão de crédito por meio do crédito rotativo, possibilitando a migração posterior para modalidade de crédito de menor custo".
O BC, no entanto, não citou o prazo para migração. Conforme a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs), este prazo será de 30 dias. A partir daí, o cliente inadimplente teria sua dívida migrando do crédito rotativo para o parcelado do cartão de crédito.
Redução de riscos
De acordo com o BC, a mudança "possui potencial para redução de riscos e consequente queda das taxas de juros da modalidade crédito rotativo".
Pelos dados mais recentes do próprio Banco Central, a taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito é hoje de 475,8% ao ano. No parcelado do cartão de crédito, de 156,1% ao ano.