No Twitter, Dilma Rousseff criticou o anúncio de privatização da Eletrobras, na manhã desta terça-feira (22), e diz que governo abre mão da segurança energética. Confira entrevista com o ministro de Minas e Energia Fernando Filho.
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"Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito à apagões", escreveu a ex-presidente.
O anúncio da privatização da Eletrobras foi feito nesta segunda-feira (21). O objetivo do governo é fortalecer o caixa em um momento de recessão. Para isso, diluirá parte das ações que possui no mercado financeiro, mas pretende manter o "golden share", que dá poder de veto em decisões da companhia.
Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética.Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito à apagões.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 22 de agosto de 2017
Segundo Dilma, o governo está usando o patrimônio do povo brasileiro para cumprir "meta irreal", fazendo referência ao déficit de R$ 159 bilhões na meta fiscal previsto nesse ano e no próximo. "Já entregaram as termelétricas da Petrobrás. Pretendem vender na bacia das almas nossas principais hidrelétricas e linhas de transmissão"
Depois da farra da compra de votos, o governo ilegitimo anuncia meta irreal e quer vender o patrimônio do povo brasileiro para cumprí-la..
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 22 de agosto de 2017
Já entregaram as termelétricas da Petrobrás. Pretendem vender na bacia das almas nossas principais hidrelétricas e linhas de transmissão
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 22 de agosto de 2017
Por fim, a ex-presidente aponta que uma das consequências da venda é o aumento na conta de luz. "O resultado é um só: o consumidor vai pagar uma conta de luz estratosférica por uma energia que não terá fornecimento garantido", complementou.
O resultado é um só: o consumidor vai pagar uma conta de luz estratosférica por uma energia que não terá fornecimento garantido.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 22 de agosto de 2017
CHESF
Em setembro de 2012, Dilma lançou a Medida Provisória 579 – que depois se transformaria na lei federal 12.783 – a qual previa uma redução de 20% na conta de energia de todos os brasileiros, o que nunca ocorreu.
Para essa diminuição da conta ocorrer, a energia das estatais (principalmente as do sistema Eletrobras, a dona da Chesf) teria que ser vendida mais barata. Em janeiro de 2013, a Chesf começou a vender a energia mais barata para cumprir essa determinação.