PARALISAÇÃO NACIONAL

Greve dos Correios segue por tempo indeterminado em todo o Brasil

Uma nova assembleia do sindicato da categoria deve acontecer nesta terça-feira (13)

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Publicado em 12/03/2018 às 21:38
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A greve dos trabalhadores dos Correios, que teve o seu primeiro dia nesta segunda-feira (12), segue sem prazo determinado para acabar. Deflagrada após um impasse sobre o financiamento dos planos de saúde dos funcionários, a paralisação é considerada "injustificável e ilegal" pelos Correios, que emitiram uma nota afirmando que "não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria".

Nesta segunda, os trabalhadores da empresa tiveram uma audiência com o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A proposta do TST é que os funcionários arquem com 25% do valor do plano, incluindo os custos dos dependentes (cônjuges e filhos).

Nesta terça-feira (13), vai acontecer uma nova assembleia, convocada pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINTECT-PE), às 15h.

A Federação dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect) informou que o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$900,00.

Os Correios afirmam que os custos com os planos de saúde representam 10% do faturamento da empresa, que totaliza R$1,8 bilhão ao ano.

Baixa adesão

Neste primeiro dia de paralisação, os Correios tiveram baixa adesão de funcionários. Segundo a empresa, 87,15% do total de trabalhadores cumpriram suas funções normalmente, o que corresponde a 92.212 empregados.

O secretário-geral da Fentect disse que, pelas estimativas, a greve teve adesão de 25% dos funcionários. "Diante da gravidade do problema da empresa, achamos a adesão muito baixa. Esperávamos que fosse maior", lamentou. A Fentect representa 80 mil dos cerca de 106 mil funcionários da estatal.

Prejuízo

De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, os Correios devem fechar 2017 com um prejuízo entre R$2,3 bilhões e R$2,4 bilhões.

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