A greve dos trabalhadores dos Correios, que teve o seu primeiro dia nesta segunda-feira (12), segue sem prazo determinado para acabar. Deflagrada após um impasse sobre o financiamento dos planos de saúde dos funcionários, a paralisação é considerada "injustificável e ilegal" pelos Correios, que emitiram uma nota afirmando que "não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria".
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Nesta segunda, os trabalhadores da empresa tiveram uma audiência com o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A proposta do TST é que os funcionários arquem com 25% do valor do plano, incluindo os custos dos dependentes (cônjuges e filhos).
Nesta terça-feira (13), vai acontecer uma nova assembleia, convocada pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINTECT-PE), às 15h.
A Federação dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect) informou que o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$900,00.
Os Correios afirmam que os custos com os planos de saúde representam 10% do faturamento da empresa, que totaliza R$1,8 bilhão ao ano.
Baixa adesão
Neste primeiro dia de paralisação, os Correios tiveram baixa adesão de funcionários. Segundo a empresa, 87,15% do total de trabalhadores cumpriram suas funções normalmente, o que corresponde a 92.212 empregados.
O secretário-geral da Fentect disse que, pelas estimativas, a greve teve adesão de 25% dos funcionários. "Diante da gravidade do problema da empresa, achamos a adesão muito baixa. Esperávamos que fosse maior", lamentou. A Fentect representa 80 mil dos cerca de 106 mil funcionários da estatal.
Prejuízo
De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, os Correios devem fechar 2017 com um prejuízo entre R$2,3 bilhões e R$2,4 bilhões.