A linha de transmissão Xingu-Estreito, onde ocorreu a falha no disjuntor que provocou o colapso no fornecimento de energia em 13 Estados do Norte e Nordeste, aguarda autorização para dobrar a carga de energia transportada, informou o Operador Nacional do Sistema (ONS). Atualmente, esse sistema tem autorização para operar de forma comercial com 2 mil MW de energia. No fim de semana, porém, os testes para operação com 4 mil MW foram concluídos com sucesso.
"A fase de teste havia sido concluída e íamos iniciar os procedimentos para começar a operação comercial (em carga máxima da linha)", disse o diretor geral da ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira.
Leia Também
- Apagão atinge Norte e Nordeste do Brasil
- Metrô do Recife deixa de funcionar durante apagão no Nordeste
- CTTU monta força-tarefa para normalizar trânsito durante apagão
- Por causa do apagão, universidades cancelam aulas no Recife
- Apagão no Norte e Nordeste ocorreu por falha em Belo Monte
- Presidente da FPF confiante que apagão não atrapalhará Central e Sport
- Apagão: clientes de operadoras telefônicas relatam queda de sinal
- Falha em disjuntor na subestação de Xingu causou apagão, diz ONS
Apuração das causas do apagão
Em coletiva nesta quarta-feira, 21, o ONS informou que o prazo para apuração das causas que levaram ao colapso no fornecimento de energia em 13 Estados do Norte e Nordeste deve levar de 10 a 15 dias.
Além de apurar as causas da falha no disjuntor da linha de transmissão Xingu-Estreito, responsável pelo escoamento de toda a energia gerada pela Usina de Belo Monte, o ONS também irá apurar por que as usinas da região levaram mais tempo para recomposição do que o previsto.
"Essa é outra investigação que iremos fazer", disse o diretor geral da ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira.
O Operador, porém, descartou erro humano como causa da falha no disjuntor que provocou a queda do sistema. Segundo ele, as usinas da Região Norte tiveram que ser desligadas porque hoje produz mais energia do que consome e exporta para o Nordeste. Com a falha na transmissão, a sobra de energia foi de 4 mil MW.