A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) registrou em 2017 um lucro de R$ 1,04 bilhão, numa redução de 73,8% em relação ao ano anterior. Segundo a companhia, a variação é decorrente do reconhecimento, em 2016, dos valores homologados pela Aneel, relativos aos ativos de transmissão das instalações denominadas de Rede Básica do sistema Existente – RBSE. No ano passado, o lucro líquido da Chesf foi registrado em R$ 3,98 bilhões.
Considerando apenas o resultado do quatro trimestre, a Chesf teve um resultado 88,7% superior ao apurado no mesmo período de 2016, passando de um prejuízo de R$ 1,94 bilhão para um lucro de R$ 220 milhões. Sua receita operacional Líquida cresceu 1,9%, passando de R$ 1,18 bilhão no quatro trimestre de 2016 para R$ 1,2 bilhão no mesmo perído de 2017.
No ano de 2017, a geração operacional de caixa da Chesf, expressa pelo EBITDA, foi R$ 589,9 milhões, contra o montante de R$ 760,4 milhões em 2016. A margem EBITDA (razão entre o EBITDA e a Receita operacional líquida) foi de 12,0% em 2017 contra 6,0% obtida em 2016, representando um aumento de 6,0 pontos percentuais.
Receita
A receita operacional líquida apresentou uma redução de 61,3% em relação ao exercício anterior. Foram R$ 4,9 bilhões em 2017, contra R$ 12,7 registrados em 2016. Já a margem operacional do serviço (razão entre o resultado do serviço e a receita operacional líquida) passou de 51,0% em 2016, para 30,5% em 2017, uma variação negativa de 20,5 pontos percentuais.
A empresa conseguiu, no entanto, reduzir em 45,1% suas despesas operacionais, num custo total de R$ 3,42 bilhões gerando economia de R$ 2,81 bi. Segundo a Chesf, isso foi possível pela variação de R$ 3,12 bilhões apurada no registro de provisão/reversão de impairment/contrato oneroso.
O endividamento bruto, que inclui os encargos contabilizados e o principal da dívida com a Eletrobras e com instituições financeiras, encerrou no exercício com R$ 2,24 bilhões, um aumento de 1,8% em relação aos R$ 2,20 bilhões de 2016. A posição da dívida líquida (financiamentos, empréstimos e debêntures, deduzidos das disponibilidades) apresentou no final do exercício o saldo de R$ 2,01 bilhões, representando uma redução de 1,4% em relação a 2016.