SÃO PAULO – O Brasil continua estagnado no Índice Global de Inovação (IGI), ocupando a 69ª posição desde o ano passado. Apesar de ser a maior economia da América Latina e Caribe, o País fica em 7º lugar entre os 18 países que compõem a região. Ainda no ranking dos latinos-americanos, o primeiro lugar é do Chile – na 46ª colocação – o segundo é a Costa Rica (53ª) e o terceiro, o México (58ª). O IGI analisa 81 indicadores de 127 nações para fazer esse levantamento. Na lista geral, a Suíça é a primeira colocada, performance repetida nos últimos sete anos.
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A grosso modo, os indicadores constroem uma nota que leva em conta não só as questões relacionadas com Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I), mas também “outras condições que permitem a entrada na inovação, como o capital humano, a infraestrutura, a sofisticação do negócio e o conhecimento”, explica um dos criadores do IGI e reitor da Universidade Cornell, Soumitra Dutta. A instituição de ensino fica nos Estados Unidos e atua como parceira na elaboração do índice, dividindo a autoria do ranking com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, em inglês).
"Falta conectividade no Brasil. Está avançando, mas precisa aumentar o ritmo, porque alguns investimentos não estão se transformando em inovação. As universidades (importantes na produção do conhecimento) não estão conectadas às indústrias”, diz Dutta, um dos palestrantes do 7º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo. “O Brasil estava na 70ª posição em 2015, mas a China estava na 40ª há alguns anos e hoje é 23ª”, complementa. Ele cita que alguns países de economia menores estão investindo nessa área e evoluindo mais que o Brasil. O ranking do IGI é elaborado também pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, em inglês) e está na sua décima edição.
COMPETITIVIDADE
Cases de sucesso de inovação e o que a indústria está fazendo para atualizar processos e produtos no mundo conectado foram apresentados no congresso promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sebrae. “A inovação é um requisito primordial para uma sociedade sustentável. É uma questão imperativa para o Brasil se destacando como fator de competitividade”, revela o vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira. “Esperamos que a indústria aumente a sua participação no PIB com a inovação”, acrescenta Paulo.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a inovação é o grande caminho para uma revolução produtiva. Este ano, o Sebrae vai investir R$ 350 milhões nessa área, o que corresponde a 35% do orçamento da instituição.