Com a circulação de menos da metade da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR) desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (3), muitos comerciários e clientes não conseguiram chegar às lojas do Centro da capital. O vazio, provocado pela greve dos rodoviários, em busca de melhores condições salariais, amarga ainda mais a situação econômica do comércio popular, que não conseguiu mostrar sinais claros de melhora em meio à crise política e econômica do País e os constantes protestos na cidade.
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Nas ruas do bairro de São José e Santo Antônio, grande parte das lojas estavam fechadas. Nas que arriscaram abrir, a espera por clientes foi longa e o saldo do dia deve ser mais um de prejuízo para os lojistas.
Em junho, o subíndice da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mede as intenções de investimento do comércio, registrou queda de 0,9% com ajuste sazonal, alcançando 88 pontos. Na passagem de maio para junho, diminuíram as intenções de contratação de funcionários (-1,9%), investimento nas empresas (-0,1%) e em estoques (-0,1%). Para 64% dos varejistas, a economia piorou em junho.
Movimentos grevistas
Os dias de vendas que já não andavam tão bem assim, sofrem ainda mais com os movimentos grevistas, que se tornaram quase mensais em todo o País. Somente nos últimos 4 dias, já foram dois atos de greve, por parte de centrais sindicais e hoje por conta dos ônibus. Todos afetaram, direta ou indiretamente o comércio do Centro, que conta com clientes que, em sua maioria se descolam dos subúrbios ou de outros municípios do Grande Recife.