CICLO JUNINO

Comércio de São João espera melhora nas vendas de véspera

Apesar da expectativa de 70,5% dos consumidores participarem dos festejos juninos, vendas devem cair no comércio tradicional

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 23/06/2017 às 8:00
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Apesar da expectativa de 70,5% dos consumidores participarem dos festejos juninos, vendas devem cair no comércio tradicional - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Mesmo com a tradição, a fartura do período junino parece que ainda não chegou ao comércio. Nas ruas do Recife, sobretudo nos populares pontos de venda de artigos decorativos, roupas juninas, fogos de artificio e fogueiras, as vendas permanecem frias. A expectativa dos comerciantes é de que esta sexta-feira (23), véspera de São João, seja o dia de maior lucro.

No bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, as calçadas da Avenida Professor José dos Anjos foram tomadas por dezenas de fogueiras desde o começo de junho. Parte da tradição, os troncos de madeira são vendidos a partir dos R$ 25, e segundo Barbará Oliveira, 22, boa parte continua lá até esta sexta, dia em que a expectativa é de que as vendas dobrem."A gente vende fogueira na frente de casa. Em média, por dia, são cinco, seis clientes. Na véspera de São João, esse número chega a doze", relata a jovem que pretende estender o horário de trabalho até a noite.

Uma sondagem feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) em convênio com o Sebrae/PE, revela que, neste Ciclo Junino de 2017, 70,5% dos consumidores de 17 municípios pernambucanos, englobando a Região Metropolitana expandida, Agreste e Sertão do Estado pretendem participar das comemorações. Se comparada com a intenção observada para o evento de 2016, essa porcentagem corresponde a 63,5%.

Queda nas vendas

A mesma pesquisa também aponta que as vendas referentes aos festejos juninos em 2017, com relação ao mesmo
período no ano anterior, será de 0,3% no comércio, alcançando 1,8% nos shoppings e caindo 0,4% nos estabelecimentos tradicionais. Na área de serviços, o saldo é negativo em 1,8%. Com queda de 2% nos shoppings e de 1,7% nos espaços tradicionais de venda da cidade, como as lojas e camelódromo do Centro do Recife.

A queda nas vendas é sentida por Diego Ferreira, vendedor de fogos de artifício na Avenida Beira Rio, no bairro da Torre, Zona Oeste. "Ano passado, as vendas atingiram a média dos 98%. Este ano, minha expectativa é de que elas ficarão na casa dos 80%. Esse é o pior ano, em comparação com os últimos quatro que vendi fogos. O dia da recuperação é mesmo hoje, já que muita gente aproveita o caminho e passa de carro para fazer as últimas compras".

Apesar da véspera de São João ser o dia mais importante para os comerciantes neste mês de junho, as vendas de fogos, roupas matutas e fogueira seguem até pelo menos o próximo dia 29, quando é comemorado o dia de São Pedro.

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