PRIVATIZAÇÃO

Sindicatos começam a se mobilizar contra a privatização da Chesf

Os Sindicatos dos engenheiros e dos urbanitários marcam eventos para discutir o novo marco legal do setor elétrico que prevê as privatizações

Da editoria de economia
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Publicado em 12/07/2017 às 17:50
Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
Os Sindicatos dos engenheiros e dos urbanitários marcam eventos para discutir o novo marco legal do setor elétrico que prevê as privatizações - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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O novo marco legal do setor elétrico já é o mote para a realização de dois eventos de setores totalmente contrários à privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf): os sindicatos dos engenheiros de Pernambuco e o dos Urbanitários. O primeiro vai realizar uma edição do Papo de Engenheiro no dia 1º de agosto, no Recife, para discutir a proposta. “A Chesf é importante para a região. É uma fomentadora na área de engenharia. O investidor que privatizar a Chesf vai querer controlar o São Francisco, que corresponde a 70% da água doce do Nordeste”, conta o diretor do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco, Mailson da Silva Neto. O Velho Chico passa por uma das piores secas da sua história.

Todos os sindicatos de eletricitários do País vão realizar um seminário, nos dias 19 e 20 de julho, em Brasília, para discutir a proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) com a presença de especialistas e da academia.

E O SÃO FRANCISCO ?

“Discordamos das privatizações do setor elétrico, porque a energia vai ficar mais cara. O São Francisco tem um potencial grande na agricultura. Há o projeto da transposição das águas. Não sabemos como vai ficar o uso do rio depois dessa privatização”, conta o diretor do Sindicato dos Urbanitários, Fernando Neves. Ele acredita que ocorrerá uma precarização do trabalho com a privatização da Chesf e as demais empresas do Sistema Eletrobras.

A privatização das empresas do Sistema Eletrobras está prevista no novo marco legal do setor elétrico que está em consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia (MME). Os interessados podem mandar contribuições até o dia 04 de agosto. 

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