O novo marco do setor elétrico e o papel que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) terá nesse cenário são os motes do evento Papo de Engenheiro que acontece hoje, a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Engenheiros (Senge-PE), localizado na Rua José Bonifácio, sala 306, Madalena. O modelo defendido pelo governo federal está em consulta pública que teve o seu fim prorrogada para o próximo dia 17 de agosto no site do Ministério das Minas e Energia (MME).
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Caso você tem alguma contribuição, pode entrar no site do ministério e enviar sugestões até o dia 17 de agosto. Inicialmente, as contribuições seriam enviadas até a próxima sexta-feira (04/08). O prazo foi prorrogado para dar mais tempo aos agentes do setor avaliarem os impactos das propostas, segundo informações do MME.
No texto do marco que está na internet, o governo federal pretende privatizar as hidrelétricas do São Francisco, que já pertenceram à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e hoje são da União, com exceção de Sobradinho que continua da Chesf. As hidrelétricas passaram para a União devido à Lei Federal 12.783 que entrou em vigor no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Essa lei prorrogou as concessões das hidrelétricas do São Francisco e a partir daí a Chesf passou a receber apenas pela Operação e Manutenção das hidrelétricas (excluindo apenas Sobradinho).
EVENTO
Ainda no evento do Senge-PE, outra polêmica a ser abordada é como ficará o uso das águas do São Francisco. Historicamente, a Chesf sempre esteve à frente dos estudos e gerenciamento do Velho Chico, cuja área passa atualmente por uma das suas maiores estiagens. A seca provocou a redução da vazão de Sobradinho e a Chesf está gerando menos energia para poupar a água do reservatório.
“A privatização das hidrelétricas do São Francisco pode significar uma ascendência de uma empresa privada sobre as águas do Velho Chico. Esse é o nosso maior receio”, diz o presidente do Senge-PE, Fernando Freitas.