Maiores responsáveis por tirar o grito de gol da garganta dos torcedores, os artilheiros são personagens icônicos de cada Copa do Mundo. Alguns são craques do primeiro escalão que apenas comprovam o brilhantismo nos mundiais. Outros ganham fama pela eficiência em frente aos goleiros logo na maior competição de futebol do planeta. Entre os goleadores da história das Copas, o maior deles é um exemplo desse faro apurado na hora de balançar as redes. Miroslav Klose ostenta a marca de 16 tentos anotados em quatro Copas: 2002/2006/2010 e 2014.
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O feito foi alcançado em 22 partidas, com destaque para o duelo contra a Arábia Saudita, primeiro dele na história do torneio, em 2002. Na ocasião, aplicou um hat-trick e a Alemanha venceu por 8x0, a quarta maior goleada entre todas as edições. Naquele ano, ele ainda marcaria mais duas vezes, ambas na fase de grupos, contra Irlanda no empate em 1x1; e Camarões, na vitória por 2x0.
Jogando em casa, Klose (que na verdade nasceu na Polônia) marcou cinco vezes e foi artilheiro do torneio em 2006, com mais cinco gols na conta. Em seguida, registrou mais quatro tentos na Copa da África do Sul em 2010 e outros dois na do Brasil, em 2014, incluindo o segundo da goleada por 7x1 contra os donos da casa pela semifinal. Este último tento foi justamente que fez Klose isolar-se como maior goleador da história das Copas.
A bola na rede do goleiro Julio Cesar fez o centroavante da Alemanha passar Ronaldo. Maior artilheiro da história até 2014, o Fenômeno marcou 15 gols e agora ocupa a segunda posição no ranking. O brasileiro anotou quatro vezes no Mundial da França em 1998 - contra Marrocos, Chile (duas vezes) e Holanda. Quatro anos depois, foi o goleador da Copa de 2002 ao marcar oito tentos, sendo dois deles na final contra Alemanha. Em 2006, em solo germânico, balançou as redes três vezes: diante de Japão (duas vezes) e Gana. Vale a pena lembrar que Ronaldo também estava no grupo que foi tetracampeão em 1994 nos Estados Unidos, mas não entrou em campo em nenhuma partida.
Outro ídolo germânico figura entre os maiores goleadores de todas as Copas. Campeão em 1974, Gerd Muller superou os goleiros adversários em 14 oportunidades entre 1970 e 1974. Nas duas edições, o atacante teve muito do que se orgulhar. No México, foi o artilheiro com dez gols e uma sequência de dois hat-tricks consecutivos, um ante a Bulgária e o outro diante do Peru. Em casa, o título dos alemães veio com gol dele na decisão contra os holandeses na vitória por 2x1.
Mas em um hall de artilheiros não poderia faltar o Atleta do Século. Pelé, autor de 1281 gols na carreira, tem 12 deles feitos entre os Mundiais de 1958 e 1970. Na Suécia foram seis, três deles na semifinal contra os franceses e mais dois na decisão em cima dos anfitriões. No Chile (1962) e na Inglaterra (1966), marcou um gol em cada participação. Já no México, fez quatro, tendo aberto o placar na final contra a Itália, em jogo vencido por 4x1 pelo time Canarinho.
FRANCÊS RECORDISTA
O francês Just Fontaine é dono de um feito impressionante. Enquanto a seleção brasileira levantava seu primeiro título em 1958, o atacante destruía as defesas adversárias. Ao todo, foram 13 gols anotados em apenas seis jogos em solo sueco. Logo na fase de grupos, quando a França liderou o Grupo 2, ele marcou em seis oportunidades. Na estreia, em triunfo por 7x3 sobre o Paraguai, Fontaine fez três. Na partida seguinte, balançou as redes duas vezes na derrota para a Iugoslávia por 3x2. Já em jogo ante a Escócia foi dele o segundo tento francês, dessa vez em vitória por 2x1.
Nas quartas de final, assumiu metade dos tentos feitos contra a Inglaterra na goleada por 4x0. No entanto, o baque veio em duelo contra os brasileiros na semifinal. Empolgado pela boa fase, o artilheiro se deparou com o travesso menino de 17 anos do esquadrão verde e amarelo. Melhor para Pelé, autor de três gols na vitória por 5x2. Contudo, Fontaine não passou em branco e marcou um.
O grande desempenho pessoal do matador apareceu curiosamente em um confronto que já não tinha tanta importância. Na disputa pelo terceiro lugar, ele atropelou a Alemanha com quatro gols, dois em cada tempo. A contribuição do craque foi fundamental para o triunfo por 6x3, que ainda teve Kopa e Douis ampliando o “chocolate”. Com 13 bolas na rede em apenas um Mundial, o atacante se notabilizou pela média de 2,17 gols por partida.
Quem também se destaca por uma boa média em Copas do Mundo é Sándor Kocsis. Com 2,20 tentos por jogo, o húngaro, parceiro de Puskas no ataque, foi um dos responsáveis pelo vice-campeonato na Suíça em 1954 - a Alemanha foi a campeã, no famoso “Milagre de Berna”.