A segunda partida do Brasil na Copa do Mundo voltou a ser envolvida em polêmica com o apoio de vídeo aos árbitros. Após a não utilização do recurso na estreia contra a Suíça, em lance onde a comissão técnica brasileira queixou-se de pênalti sobre Gabriel Jesus, a vitória com gols nos acréscimos sobre a Costa Rica apresentou uma situação ainda mais questionável. Depois de assinalar pênalti sobre Neymar aos 34 minutos do segundo tempo, o árbitro holandês Bjorn Kuipers voltou atrás da decisão no minuto seguinte, após analisar o lance na tela auxiliar.
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Após a partida, em entrevista coletiva de imprensa, o técnico Tite opinou sobre o lance, que poderia tornar a partida menos dramática para o Brasil. "Eu assisti ao lance. Tanto pode dar (o pênalti) quanto não dar. Eu, Adenor, daria na hora", opinou o treinador, antes de comparar com o lance da partida de estreia. "Com um a pitada um pouco mais que a do Gabriel, quando falei que é lance de interpretação. Mas se sou eu o ábtiro, cal. Marco na hora."
O treinador recorreu ainda à característica do lance, onde acredita ter havido falta sobre Neymar. "Quando ele faz a finta, ele fica de frente para o gol. Fica claro a oportunidade que ele tem de chutar, mas perde essa condição pelo toque (sofrido)", e destacou como ponto positivo para o recurso de vídeo. "O árbitro foi lá, interpretou e não deu. Beleza. Isso é justiça. É dar condição de analisar."
Adotando um tom de voz mais duro, Tite prosseguiu comparando os lances e enfatizou a necessidade de manter um procedimento para os casos de análise em vídeo.
"Não precisamos de arbitragem para vencer. O que queremos é que, tal qual foi olhado agora (contra a Costa Rica), que fosse olhado antes (contra a Suíça). Seja igual para todos. Que decida. Para mim, é pênalti. O do Gabriel, até fiquei em duvida. Mas não quero auxílio. o Brasil não quer, os atletas não querem, a comissão técnica não quer. Mas que seja justo. Nós queremos ganhar com justiça."
Postura da FIFA
Apesar das queixas da CBF, que chegou a solicitar a disponibilidade dos arquivos de vídeo e áudio do jogo contra a Suíça, a FIFA não apenas negou a publicação do material, como demonstrou apoio à arbitragem do mexicano Cesar Ramos. Tanto que voltou a escalá-lo para o duelo entre Polônia e Colômbia, marcado para o próximo domingo, valendo pela segunda rodada do Grupo H da Copa.
