A derrota da Argentina, por 3x0, diante da Croácia, pela segunda rodada do Grupo D, parece ter sido a gota d’água para que personagens representativos do futebol sul-americano condenassem a campanha de Jorge Sampaoli e de seus comandados em solo russo. Um deles foi Carlos Bianchi. O ex-jogador e treinador argentino, que está sem clube, não poupou a seleção do país de críticas em sua coluna no jornal Clarín.
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Com a autoridade e o currículo de ex-jogador e quatro títulos de Copa Libertadores comandando Velez Sarsfield e Boca Juniors, Bianchi tomou uma linha de pensamento diferente e saiu em defesa do goleiro Caballero. O arqueiro falhou de forma bizarra contra os croatas. Já o grande destaque da delegação, Lionel Messi, acabou considerado um dos “culpados” pela campanha ruim da albiceleste.
“Vi um Messi muito apagado, como nunca tinha visto. Não sei o que aconteceu. Ele tinha que estar dentro do grupo, para opinar com mais fundamento. Novamente se confirmou o fato de que Messi não aparece e a seleção ainda custa a criar alguma coisa”, disse.
DIFICULDADE
Depois de empatar com a estreante Islândia na primeira rodada, por 1x1, a Argentina sucumbiu à pressão da Croácia e acabou completamente dominada. Principalmente depois de sofrer o primeiro gol. De acordo com Bianchi, entre os motivos que tornam cada vez mais minado o trabalho de Sampaoli, está justamente a falta de um sistema organizado. A presença de peças importantes, como Di Maria, Higuaín e Dybala no banco de reservas, também seria um problema para o treinador.
“Ao contrário do que muitos pensam, eu manteria o goleiro. Caballero nos salvou aos quatro minutos. O que aconteceu foi um acidente. No segundo gol, conseguiu tocar na bola, ainda que com a mão ruim, em um chute muito difícil do Modric. E, no terceiro, também pegou a primeira. No rebote ficou sozinho contra três rivais. A partida contra a Nigéria se ganha trocando jogadores de campo, não o goleiro”, opinou Bianchi.