COPA DO MUNDO

Trabalho de Juan Carlos Osorio divide torcedores mexicanos

Antes de comandar a seleção do México, o treinador colombiano esteve à frente do São Paulo

Vinícius Barros
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Vinícius Barros
Publicado em 01/07/2018 às 10:06
Foto: AFP
Antes de comandar a seleção do México, o treinador colombiano esteve à frente do São Paulo - FOTO: Foto: AFP
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O hábito de chamar um técnico de professor é um costume entre os boleiros que se aplica perfeitamente para descrever Juan Carlos Osorio. Após carreira curta no futebol por conta de lesão, o treinador do México, adversário do Brasil amanhã, às 11h, tem como base de sua carreira os aprendizados obtidos na vida acadêmica. Além de ser condecorado pela UEFA, é pós-graduado em Ciências do Futebol pela Universidade de Liverpool.

Afeito por realizar experiências dentro de campo, o técnico colombiano tem como uma de suas marcas o rodízio de peças na montagem da equipe. Além disso, carrega consigo duas canetas como símbolo desse estilo, uma vermelha, para anotar assuntos importantes e outra azul, para outros temas. Assim, orienta os atletas através de bilhetes na beira do gramado. No entanto, a fama de alquimista lhe deu o status de “louco” para imprensa e parte da torcida mexicana durante a preparação para o Mundial. A falta de uma formação titular e as constantes variações eram as principais críticas antes do início do torneio e foram silenciadas com um início surpreendente.

A vitória contundente contra a Alemanha, logo na primeira rodada da Copa, e outro resultado positivo ante a Coreia na sequência deram mais moral ao trabalho de Osorio. Aliado a isso, as constantes mudanças do passado, alvo de reclamações, se tornaram escassas desde o começo da jornada na Rússia. Isso porque apenas uma alteração foi registrada no time-base nesses três primeiros confrontos. O posicionamento do zagueiro Carlos Salcedo foi modificado da ponta direita para o meio da defesa após o duelo diante dos germânicos, com isso Hugo Ayala foi sacado do time e cedeu espaço para Edson Álvarez atuar no lado do campo. A escolha está ligada a um fator muito valorizado pelo treinador: a altura da linha defensiva. Com isso, prevaleceu a estatura de Salcedo, 1,88m, ao invés do 1,83m de Ayala, escolhido como titular do miolo defensivo na estreia. No entanto, o grande ensinamento da primeira fase para o professor Osorio veio na derrota por 3x0 diante da Suécia, no fechamento do Grupo F. “A lição para mim é que se deve ter um ponto médio, onde protegemos a equipe no jogo aéreo e não abrimos mão da nossa ideia. Meu pecado foi ser purista. Pensar que podemos vencer toda semana jogando do mesmo jeito”, pontuou.

ARBITRAGEM

Já com o foco para o confronto das oitavas diante do Brasil, o colombiano mostra preocupação com a arbitragem. “Espero que nos deem um bom árbitro, não se finja tanto e que seja um jogo de alto nível”, frisou. Como oponente no banco de reservas, o colombiano reencontrará o técnico Tite, rival encarado apenas uma vez, em duelo pelo Brasileiro de 2015 e terminado em empate por 1x1, quando o colombiano treinava o São Paulo e o brasileiro dirigia o Corinthians.

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