O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, rasgou o verbo quanto à condição precária dos estádios utilizados no Campeonato Pernambucano de 2017. O mandatário classificou os campos como “ruins”, mas ressaltou que, sem eles, não teria como realizar a competição.
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“A gente não tem muito o que fazer, é calamitante, mas a nossa situação é ainda melhor do que outros estados. Se a gente não usar esses estádios, não tem jogo. É ruim jogar em um estádio desse, é, mas é pior não jogar. A gente faz gramado, estrutura, reforço... Mas infelizmente os estádios não são nossos. Por mais que a gente gaste e faça, quando a gente sai, em dois ou três meses acaba tudo”, esbravejou o presidente, se referindo às populares peladas, promovidas por várias prefeituras e que deterioram o gramado das praças esportivas.
Evandro ainda mostrou preocupação quanto a temporada 2018. Isso porque, no ano que vem, os clubes terão que atender a um caderno de encargos, imposto pela Fifa. As equipes serão obrigadas, por exemplo, a possuir estádios próprios ou contrato de aluguel com a praça esportiva no período mínimo de três anos, além de pagamentos em dia e equipe de futebol feminino.
“Eu não sei como a gente vai fazer futebol a partir de 2018, porque vai ter o caderno de encargos, que são as obrigações que os clubes terão. Cada ano que passa, a situação fica mais complicada. Têm três estados no Norte que já cogitam parar de fazer futebol profissional, porque não têm condições de cuidar dos estádios”, completou.
CARNEIRÃO E ADEMIR CUNHA
A reportagem do JC pôde atestar de perto as condições de algumas praças esportivas utilizadas no Estadual desse ano. Na quarta-feira (4/1), na partida entre Vitória e América, no Carneirão, em Vitória de Santo Antão, o alambrado enferrujado e o gramado cheio de buracos chamaram a atenção dos pouco mais de 700 torcedores que acompanharam a partida. Já nesta quinta-feira (5/1), a reportagem do JC também atestou as péssimas condições do Ademir Cunha, em Paulista. O campo do estádio municipal se resumia a areia, buracos e capim. Funcionários do América e da Prefeitura do Paulista estavam trabalhando no local, a fim de dar alguma condição de jogo para a próxima rodada, no domingo (8/1), contra o Central.