O estádio municipal Ademir Cunha, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, vai ser palco no próximo domingo do duelo entre América e Central pelo Campeonato Pernambucano. Três dias antes, a reportagem do JC foi até a praça esportiva e constatou que o local está longe de oferecer uma boa condição para os atletas e para o público.
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O estado do gramado assusta. Ontem, caminhando pelo piso, foi fácil notar os vários morrinhos de areia no “tapete verde”, que, aliás, não está tão verde assim. Tufos de capim e buracos também são encontrados com facilidade.
A péssima situação se repete do lado de fora do campo. Nas arquibancadas, alguns pontos estão com lixo e com capim seco espalhado pelo chão. O fosso do estádio já havia sido parcialmente limpo, mas mesmo assim, apresentava mato alto em alguns pontos.
Contudo, nada se compara ao estado em que se encontram alguns banheiros do Ademir Cunha. Pichações, portas e vasos sanitários quebrados, mofo nas paredes, falta de luz e até fezes humanas espalhadas pelo chão em algumas cabines. Em um dos banheiros masculinos, parte do teto desabou. Funcionários que trabalham no local garantiram que essas áreas serão interditadas domingo, dia do jogo ante o Central.
A falta de condições de jogo no equipamento esportivo é motivo de preocupação para o Periquito da Estrada do Arraial. Tanto que o clube e a prefeitura de Paulista iniciaram algumas obras de reparo no gramado e nas arquibancadas. A pintura está sendo refeita, placas de grama estão sendo substituídas e outros dois banheiros foram reformados.
“Estamos fazendo a pintura e limpeza em geral. Toda parte elétrica e hidráulica. E o gramado, né? Que é a nossa grande preocupação. Eu, como profissional do futebol, acho que o gramado deve ser prioridade. O tempo é curto, mas estamos fazendo tudo dentro do possível”, afirmou Paulo Júnior, ex-treinador do América e atual funcionário da Prefeitura.
FEDERAÇÃO PREOCUPADA
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, reconheceu que a situação incomoda. “É ruim jogar em um estádio desse, é, mas é pior não jogar. A gente faz gramado, estrutura, reforço... Mas infelizmente os estádios não são nossos. Por mais que a gente gaste e faça, quando a gente sai, em dois ou três meses acaba tudo”, esbravejou o presidente da FPF.
Na última quarta, o JC acompanhou o duelo Vitória 3x0 América, no Carneirão, em Vitória de Santo Antão, e também constatou muitos problemas estruturais.