TORNEIO

Copa das Confederações em baixa e Cristiano Ronaldo em alta

Competição pode se despedir, mas aposta no brilho do craque português

Leonardo Vasconcelos
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Leonardo Vasconcelos
Publicado em 18/06/2017 às 7:01
AFP
Competição pode se despedir, mas aposta no brilho do craque português - FOTO: AFP
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Adeus e olá. De um lado um torneio enfraquecido em clima de despedida. Do outro um novato chegando com todo o gás. Copa das Confederações e Cristiano Ronaldo. Cada um de olho no outro. Para salvar a si e o (bom) futebol. Cotada para ser aposentada pela Fifa, a competição teve início neste sábado (17) com a perspectiva de dar seu último lampejo sem o mesmo brilho de outrora. Pela primeira vez em 20 anos com a ausência do Brasil - maior campeão - e tendo apenas uma campeã mundial (Alemanha com um time B), a Copa das Confederações começou não atraindo os holofotes.

Os poucos dirigidos à competição não são exatamente para ela. E sim a um certo gajo. É ele, Cristiano Ronaldo, o centro das atenções. O eleito melhor jogador do mundo quer provar para si - e de quebra para o planeta - que, de fato, é o melhor. Para isso nada melhor do que uma competição em decadência para os outros e inédita para ele. Combinação perfeita para o CR7 brilhar. Ainda mais, se é que é possível.

“Será a primeira vez que Portugal disputa o troféu da Copa das Confederações. Será muito bonito. Entrará para nosso currículo. Obviamente, ganhar seria um sonho. Temos consciência de que será complicado, haverá grandes equipes. Mas no futebol tudo é possível”, garantiu Cristiano Ronaldo.

Campeão europeu liderando Portugal no ano passado e artilheiro no bicampeonato da Champions à frente do Real Madrid, o astro é realmente o grande trunfo da organização da Copa das Confederações para levantar um pouco o moral do torneio que ao que tudo indica deve ser um fracasso comercial, com pouca procura de ingressos. O antes badalado evento teste para o Mundial do ano seguinte não é mais o mesmo e talvez nem mesmo o portuga midiático poderá emprestar brilho suficiente para salvá-lo.

SELEÇÕES

Oito seleções participam do torneio este ano: Rússia, Nova Zelândia, Portugal e México no Grupo A. Camarões, Chile, Austrália e Alemanha no Grupo B. O formato de disputa é simples. Os dois primeiros classificados de cada chave avançam às semifinais e duelam em sistema de cruzamento olímpico até se chegar ao campeão do que pode ser a última Copa das Confederações.
A atual campeã Mundial Alemanha, mesmo bastante desfalcada, e o representante da América do Sul Chile merecem atenção especial (veja abaixo e ao lado).

Com o peso de Cristiano Ronaldo, Portugal surge também como um dos principais favoritos ao título. O técnico Fernando Santos não quis saber de preservar ninguém e manteve a base que conquistou o título da Eurocopa, torneio que o credenciou a jogar a Copa das Confederações. “Portugal sabe que este título tem grande importância junto à comunidade internacional e por isso mesmo o nosso pensamento é ganhar”, disse Fernando Santos. Os lusos estreiam contra o México, hoje, ao meio-dia.

A anfitriã Rússia disputa pela primeira vez a Copa das Confederações, direito adquirido apenas por ser a sede do torneio. A expectativa não são das melhores e a luta é para conseguir passar da primeira fase, evitando um vexame e um ambiente hostil para o Mundial do próximo ano. “Nós estamos cientes de que a luta será complicada, mas não fugimos de uma boa batalha e podemos surpreender”, afirmou o técnico Stanislav Cherchesov.

O campeão da Copa Ouro da Concacaf é também o único participante a ter sentido o gostinho de ser campeão da Copa da Confederações. O México foi campeão em 1999, superando a seleção brasileira em uma histórica final por 4x3. O time é dirigido pelo técnico Juan Carlos Osorio (ex-São Paulo). “Temos um time sólido e que chega pensando em falar alto”, disse Osorio.

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