ENTREVISTA

'Brasil entra como candidato ao título Mundial', diz Fernandinho

Em exclusiva ao JC, o volante da seleção e do Manchester City falou da expectativa para a Copa do Mundo e de sua evolução com Tite e Guardiola

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 31/12/2017 às 9:33
Foto: Manchester City/ divulgação
Em exclusiva ao JC, o volante da seleção e do Manchester City falou da expectativa para a Copa do Mundo e de sua evolução com Tite e Guardiola - FOTO: Foto: Manchester City/ divulgação
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Em entrevista exclusiva ao repórter Filipe Farias, do Jornal do Commercio, o volante Fernandinho, do Manchester City e da seleção brasileira falou de sua evolução sob o comando dos técnicos Tite e Pep Guardiola, da boa relação com o técnico espanhol, da ajuda a Gabriel Jesus para se adaptar na Inglaterra, além de comentar como a seleção chega para a Copa do Mundo.

EVOLUÇÃO

Eu acho que eu cresci muito. Sob o comando dos dois estou evoluindo bastante. Desde a chegada do Guardiola no ano passado no Manchester City e também do Tite na seleção, estou crescendo tecnicamente e taticamente. No dia a dia aprendo cada vez mais a filosofia e o princípio de jogo do Guardiola, o que vem me ajudando a me desenvolver. Estou feliz porque tenho conseguido ajudar a minha equipe dentro de campo, com boas atuações em partidas importantes. Na seleção, sempre que requisitado, acho que correspondi. Isso me dá motivação para continuar nesse caminho que estou trilhando.

GUARDIOLA

Ele é de uma época que viu grandes jogadores na seleção brasileira. Além disso, teve a oportunidade de trabalhar com muitos jogadores brasileiros no Barcelona, no Bayern de Munique e agora no Manchester City. Sem dúvida, ele é um dos grandes admiradores que o futebol brasileiro tem. É muito especial trabalhar com ele, pois é um técnico que respira futebol 24h por dia. Numa simples conversa você aprende algo.

VERSATILIDADE

Em relação a jogar em diferentes posições, nunca tive problema com isso. Desde jovem sempre tive facilidade e versatilidade de jogar em diversas posições. Quando fui requisitado por Guardiola pra jogar nas duas laterais, de meia mais avançado e até de zagueiro, atuei sem dificuldades, mas não fugindo das minhas características. Isso é importante porque você vai adquirindo a confiança do treinador e ele sabe que pode contar com você em qualquer momento que precisar. É importante pra mim, pro técnico e para o clube.

GABRIEL JESUS

Procurei ajudá-lo aqui no Manchester City. Acho que é natural, você que está mais tempo no clube ajudar quem está chegando. Ainda mais ele que é um jogador jovem, primeira vez que mudou do seu País, tudo diferente, cultura, clima, idioma. Fico feliz de ter sido útil dessa maneira para ele. Espero que ele possa se adaptar o mais rápido possível, completou agora um ano. Já está mais à vontade, bem diferente do começo. Espero que continue evoluindo da melhor maneira, pois ele tem um grande futuro pela frente. Se fizer as coisas corretas vai colher muitos frutos. Ele tem a cabeça boa e, apesar de jovem, sabe o que quer para a carreira dele. Isso facilita bastante para que possa atingir o mais alto nível.

SELEÇÃO

A chegada de Tite foi muito importante. A seleção se classificou de forma antecipada para a Copa do Mundo, jogando um futebol atraente, com padrão de jogo e respeitando a filosofia do treinador. Dessa maneira, a qualidade individual de cada atleta apareceu. Ficamos felizes porque a seleção estava em sexto quando Tite assumiu e perigava de não classificar para o Mundial. Era uma preocupação geral no Brasil. Em 2018, o Brasil entra como candidato a brigar pelo título. Adquirimos confiança nas Eliminatórias e tenho certeza que vamos chegar fortes no Mundial. Procurar começar bem para terminarmos da melhor maneira possível.

RETORNO

Ainda não sei se vou encerrar minha carreira no Brasil. Acredito que tenho condições de jogar em alto nível na Europa por mais alguns anos. Depois que meu ciclo no futebol europeu se encerrar vou decidir com a minha família o que será para todos nós. Vou sentar com minha esposa e filhos e analisar se volto para o Brasil, se me aventuro em outro país com futebol emergente ou se fico na Europa mesmo. Mas só vou pensar no meu futuro quando acabar o meu ciclo na Europa.

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