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Náutico, Sport e Santa Cruz buscam manter hegemonia no Pernambucano

Em situações bem diferentes, Trio de Ferro quer continuar com tabu do Estadual nunca ter tido um campeão do interior

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 14/01/2018 às 8:33
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Em situações bem diferentes, Trio de Ferro quer continuar com tabu do Estadual nunca ter tido um campeão do interior - FOTO: JC Imagem
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Para continuar com a hegemonia na competição, já que nenhum time do interior levou o título, o trio de ferro chega com seus times em situações bem diferentes para o Pernambucano. Após a permanência na Série A, o Sport é o favorito para a competição, por ter um poderio financeiro superior a Santa Cruz e Náutico, que vão disputar a Série C. No lado tricolor, a aposta é em um elenco enxuto, com pagamentos em dia e em uma mescla de juventude com veteranos para voltar a levantar a taça local. Já o Timbu, mesmo com o maior jejum sem títulos dos três, não trata o Estadual como prioridade, mas como consequência de um trabalho estruturado visando a Terceirona.

SPORT

Há tempos que não se via no Pernambucano uma discrepância tão grande entre um clube e os demais participantes. Por seguir na elite nacional, o Sport, tem folha salarial orçada em incríveis R$ 3,4 milhões. O que é 17 vezes maior que os rivais da capital: Náutico e Santa Cruz - que estão com folhas de aproximadamente R$ 200 mil.

Diante desse abismo financeiro, é mais do que natural que o favoritismo à conquista do título recaia sob o Leão. Responsabilidade essa que já é aceita pelos atletas rubro-negros. “Sabemos que o Sport é o favorito ao título, mas também sabemos que nem sempre o favorito vence. Se não colocar esse favoritismo em campo, as coisas podem complicar. “Estamos em uma situação melhor do que os rivais da capital, mas temos consciência de que é preciso trabalhar muito para fazer valer esse favoritismo. Pois, no futebol, nem sempre o time com mais estrutura, com mais dinheiro vence os jogos e os campeonatos”, destacou o goleiro Magrão.

SANTA CRUZ

Dentro dessa ideia, o Santa Cruz quer surpreender, mesmo com um elenco enxuto e uma folha salarial baixa para não poder atrasar o pagamento assim como no último ano. O Tricolor do Arruda tem 32 atletas atualmente no elenco profissional entre contratados, que foram 15 jogadores, remanescentes - Vitor, João Ananias, Augusto e Grafite - e 13 garotos oriundos das categorias de base. O técnico Júnior Rocha aposta na mistura de juventude e experiência para enfrentar o primeiro semestre. A prioridade para 2018 é o retorno para Série B do Campeonato Brasileiro. Mas a Cobra Coral quer buscar o título estadual.

Depois de longa novela, o Santa renovou com Grafite e aposta nele como referência no elenco. Além da juventude e motivação do técnico Júnior Rocha, de 36 anos. Ele irá para o maior desafio da carreira depois de cinco temporadas no Luverdense, com um intervalo para comandar o Novo Horizontino, no Campeonato Paulista do ano passado. O outro detalhe na Cobra Coral é que, depois de sete anos no comando do futebol, Constantino Júnior irá para o primeiro Pernambucano como presidente.

NÁUTICO

Já o Náutico não coloca o título do Pernambucano como prioridade para 2018, mesmo com um jejum de 14 anos. Para diretoria e comissão técnica, levantar um troféu na temporada é importante, mas não pode ser tratado como prioridade. Hoje, o mais importante é conseguir voltar para a Série B e se restabelecer no cenário nacional. Mas isso não quer dizer que a equipe vai deixar de lado a competição estadual.

“Acho que título não pode ser causa, mas consequência. Quando você se estrutura, as conquistas vêm. Se a gente correr atrás de um título para se estruturar, vai ser sempre uma aposta na mão da sorte. Temos uma grande responsabilidade com o clube. É montar um time competitivo no ano que provavelmente será o de maior dificuldades financeiras do clube. Isso é uma equação muito difícil de fechar”, afirmou o vice-presidente Diógenes Braga.

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