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Maior jogo das Copas tem sete gols, cinco na prorrogração

Itália e Alemanha travaram o maior jogo de todos os tempos da Copa do Mundo. Beckenbauer jogou com o ombro deslocado em um ato de heroico

JC Online
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Publicado em 04/02/2018 às 11:02
AFP
Itália e Alemanha travaram o maior jogo de todos os tempos da Copa do Mundo. Beckenbauer jogou com o ombro deslocado em um ato de heroico - FOTO: AFP
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O maior jogo de todas as Copas do Mundo. É dessa forma que ficou conhecido o confronto entre Itália e Alemanha na semifinal do Mundial de 1970. Antes de a Azzurra deixar o campo classificada para a decisão diante do Brasil, o duelo travado no estádio Azteca, na Cidade do México, foi um dos episódios mais emblemáticos da história do futebol. Os italianos lideraram o placar por 1x0 praticamente durante todo o jogo. Eles, no entanto, não esperavam que os alemães chegassem ao empate aos 47 do segundo tempo, levando a decisão para a prorrogação. Foi nessa hora que os ataques pipocaram e mais cinco gols garantiram a emoção do clássico internacional. Com os ânimos exaltados, a seleção da Itália fechou o marcador por 4x3, em um duelo que teve o zagueiro alemão Beckenbauer como herói.

O kaiser (imperador traduzido em português) deslocou a clavícula aos 25 do segundo tempo, quando foi derrubado por Cera. Na época, as regras do futebol só permitiam duas substituições por jogo e o técnico Helmut Schön já havia queimado suas trocas. Assim, Beckenbauer tinha duas opções: deixar a partida – a Alemanha estava perdendo por 1x0 – ou voltar com o braço imobilizado por ataduras e esparadrapos. Desistir, para o alemão, não estava entre as opções e foi então que ele continuou jogando com o ombro deslocado.

BECKENBAUER

Se o jogo sozinho já configurava um dos maiores acontecimentos do futebol, a bravura de Beckenbauer ganhou ainda maior notoriedade. Não à toa, ele ficou conhecido por ser o kaiser, o imperador do futebol alemão, um dos melhores jogadores do país mundo. Na época, encarava sua segunda Copa do Mundo e liderava a seleção atuando na defesa, no meio de campo e na lateral. Talento e determinação que o consagraram quatro anos depois, na Copa de 1974, na Alemanha. Enfim, o sacrifício de jogar lesionado seria recompensado com o título em casa. Beckenbauer levantou a taça pela primeira vez, feito que se repetiria no Mundial de 1990, como treinador.

Naquele 17 de junho de 1970, no estádio Azteca, Itália e Alemanha jogaram de fato como duas potências do futebol mundial. Na ocasião, porém, chegavam às semifinais em situações opostas. A Azzurra vinha de uma goleada tranquila por 4x1 sobre a seleção anfitriã do México. A Alemanha, por sua vez, surgia exausta após uma decisão contra a atual campeã Inglaterra, jogo encarado como uma verdadeira revanche da final da Copa de 1966. Em campo, estavam 11 remanescentes daquela final. Eles precisaram reverter o placar por 2x0, encarar uma prorrogação para fechar o triunfo por 3x2. Em três dias, o alemãs jogaram 240 minutos de futebol, mas não se deixaram vencer pelo cansaço e deram muito trabalho para os italianos.

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