O futebol, por vezes, anda lado a lado com a superstição. A paixão pelo clube do coração faz o torcedor deixar de lado a razão para se apegar a crenças que estão dando certo. Se o time está vencendo, por que mudar? Esse é o pensamento de Bernardino Davi, torcedor fanático do Central. Nascido em Caruaru, o empresário de 59 anos mora no Pará desde 1988. Porém, há três semanas, ele retornou para a sua cidade natal para tratar de alguns negócios da sua empresa. A visita à Capital do Forró era pra ser rápida, mas uma ida ao jogo da Patativa mudou toda a sua programação desde então.
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“Depois de muito tempo, fui a um jogo no Lacerdão. Assisti ao jogo contra o América, pelas quartas de final. Quando acabou, meus amigos disseram para eu não voltar para Capanema-PA. Que deveria esperar para ver o confronto com o Sport. Resolvi ficar e não deixei ninguém lavar a roupa que fui ao estádio. Contra o Sport, eu repeti a mesma roupa e o Central ganhou. Diante do Náutico foi a mesma coisa. Empatamos, mas estamos vivos. Já comprei o meu ingresso e, domingo, estarei na Arena de Pernambuco. Depois do título eu lavo a roupa”, disse Bernardino aos risos.
#JCEsportes Torcedor do @centraloficial, que mora em Capanema-PA, foi a Caruaru só para resolver alguns negócios de sua empresa. Mas, após assistir ao jogo contra o América, pelas quartas do Pernambucano, foi ficando e decidiu retornar somente após final contra o @nauticope. pic.twitter.com/ogq0sdGf27
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 5 de abril de 2018
Com a ausência prolongada na sua empresa, as pessoas já começam a dar por falta a sua presença e outras pendências começam a surgir. Mas nada que não possa ficar para depois. “Essa semana, o contador que trabalha comigo já me ligou dizendo que deixou a folha dos meus funcionários em cima da minha mesa. A minha explicação para ainda não ter retornado é que tive um probleminha e que vai ser resolvido daqui pra domingo. Se Deus quiser, volto campeão.
EXPECTATIVA
Sobre a decisão contra o Timbu, diante de uma Arena lotada, Bernardino acredita que os jogadores do Central não se intimidarão. “Dos três times da capital, o Náutico é o que mais gosta de apanhar do Central. Em 75, os alvirrubros estavam sem perder há mais de 40 jogos. Quando nos enfrentaram, quebramos a invencibilidade. E, naquele tempo, tinha Jorge Mendonça e Vasconcelos. Então, estou confiante com o time”.