Os contratos assinados pelo PSG com patrocinadores estreitamente ligados a seus proprietários foram "supervalorizados" e poderiam expor o clube a punições da Uefa por desrespeito ao fair-play financeiro, anunciou o Financial Times na quarta-feira. "Informações incorretas", se defendeu o clube.
O Financial Times cita diversas fontes para afirmar que a entidade de controle financeiro dos clubes (ICFC), encarregada de fazer valer o fair-play financeiro adotado pela Uefa, nomeou o escritório independente Octagon (especializado em marketing esportivo) para analisar os contratos assinados pelo clube parisiense com empresas e entidades próximas ao acionista majoritário do PSG, o Estado catariano.
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O jornal especializado em economia cita duas fontes próximas ao caso que afirmam que estes contratos foram "significativamente supervalorizados" em relação ao preço do mercado.
O fair-play financeiro estipula que um clube participante das competições organizadas pela Uefa (Liga dos Campeões, Liga Europa) não pode gastar mais do que arrecada (mesmo se receber o aporte financeiro de um acionista/dono rico) nem apresentar um déficit acumulado superior a 30 milhões de euros em três anos.
O Paris Saint-Germain "só tem a lamentar que a poucos dias de um encontro previsto com a Uefa", em 20 de abril com a ICFC, "mais uma vez sejam publicadas informações incorretas contra o clube na imprensa britânica", se defendeu o clube nesta quarta-feira, em comunicado.
"O processo está seguindo seu caminho", continuou o PSG, que está "em comunicação permanente com seus interlocutores na Uefa". Questionada pela AFP, a entidade que rege o futebol europeu não quis comentar o caso.
A Uefa iniciou em setembro uma investigação financeira do PSG, após o clube parisiense desembolsar fortunas em contratações para trazer o brasileiro Neymar (222 milhões de euros) e o francês Kylian Mbappé (180 milhões de euros).
O clube teria que encontrar meio de arrecadar cerca de 50 milhões de euros até 30 de junho para escapar de uma punição.
O PSG já foi punido em 2014 por um contrato assinado com o Ministério de Turismo do Catar que a Uefa havia julgado supervalorizado. As sanções (multa, restrição de inscrição de jogadores na Liga dos Campeões, etc.) foram retiradas em seguida.