DÉJÀ VU

Paralisação do elenco não é novidade no Náutico

Em 2013, no final da Série A, o grupo alvirrubro também ameaçou fazer greve por conta dos atrasos salariais

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 28/04/2017 às 6:49
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Em 2013, no final da Série A, o grupo alvirrubro também ameaçou fazer greve por conta dos atrasos salariais - FOTO: Foto: JC Imagem
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Uma situação que, infelizmente, não é nova no Náutico. Quando os jogadores alvirrubros convocaram à imprensa, ontem à tarde, no auditório do Hotel do CT Wilson Campos, para comunicar que o elenco profissional e os demais funcionários do clube não iriam trabalhar até que uma solução para os atrasos salariais fosse apresentada pela diretoria, fez lembrar bastante a mesma atitude que o grupo de 2013 tomou.

 

A sensação de ‘Déjà vu’ (palavra francesa para denominar algo já visto anteriormente) não é à toa. Naquela ocasião, coube ao volante Martinez - capitão e líder do elenco - fazer o pronunciamento e cobrar publicamente os dirigentes timbus para sanar as dívidas com os atletas. Ameaçando, inclusive, de os jogadores não entrarem em campo diante do Vasco, pela 37ª rodada da Série A daquele ano - o Náutico já estava rebaixado matematicamente.

 

Desta vez, a responsabilidade de tomar a frente e falar pelo elenco alvirrubro foi o meia Marco Antônio, que não poupou críticas a gestão do clube. “Resolvemos chamar vocês (imprensa) para falar diretamente para quem nos interessa que é o nosso torcedor. Até o último final de semana tentamos com todas as forças classificar o nosso time. Acabou o campeonato e ficamos esperando uma posição da diretoria em relação a situação financeira do clube e o que vão fazer com esses salários atrasados. Infelizmente a gente esperava uma postura diferente deles”, desabafou.

 

O camisa 10 alvirrubro fez questão de expor a situação delicada que os atletas estão passando. “Estou aqui há sete meses e estou sem receber o pagamento dos meus direitos de imagem há seis, que no meu caso corresponde a 50% do meu salário, além de outros três referentes à carteira. Mas não sou o pior. Tem gente numa situação ainda mais difícil. Não estamos cobrando nada além do que é nosso direito. Esperamos que essa política de entrar na justiça pra depois receber acabe. O Náutico é uma instituição de 116 anos e não pode pagar por umas gestões que passam por aqui e usam desse artifício”, apontou o meia.

RECADO

Por fim, Marco Antônio fez questão de mandar um recado a quem faz parte da administração do clube. “Esperamos de coração que o Náutico deixe de uma vez a política de lado e as pessoas que gostam do clube de verdade passem a pensar no escudo do Náutico. Trabalhar para ver os seus filhos comemorando títulos e tendo orgulho de vestir a camisa alvirrubra. Que possam lutar dia a dia em prol disso para as coisas comecem a funcionar aqui dentro”, comentou.

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