A evolução defensiva do Náutico é visível com a chegada de Beto Campos. Inclusive, esse era um dos principais desafios o treinador: estancar o excesso de gols que o alvirrubro vinha levando na Série B. Se em sua estreia, contra o Goiás, o Timbu sofreu três gols, nos jogos seguintes o número de gols sofridos só caiu. Contra o Guarani foram dois; CRB, um; e ABC, nenhum.
Apesar da melhora apresentada, os defensores alvirrubros trataram de dividir o merecimento com os homens de frente da equipe. “Temos de melhorar cada vez mais. O mérito não é só nosso da zaga, mas também da parte ofensiva. Eles que começam a marcação lá na frente e isso nos ajuda bastante lá atrás. O professor Beto também teve o mérito de encaixar as peças num conjunto como todo. Aos poucos ele vai acertando o time não só na parte defensiva, mas no meio de campo e no ataque também”, frisou o zagueiro Léo Carioca.
O zagueiro Léo Carioca fala da importância de o @nauticope conseguir uma sequência de vitórias na Série B. pic.twitter.com/yK7H1zLQ09
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 6 de julho de 2017
Um dos primeiros homens a dar o combate lá na frente, o experiente Gilmar revelou a conversa que o todo o elenco teve para corrigir esses erros e para que todos pudessem se ajudar dentro de campo. “O Náutico vinha sofrendo muitos gols nos últimos jogos. Conversamos e chegamos a conclusão que o nosso primeiro passo era não sofrer gols. É complicado para o Tiago (Cardoso) e para a nossa zaga só receber críticas após os jogos, sendo que muitas vezes o ataque não está marcando bem. Então, nos cobramos para ajudar e sermos mais compactados. Temos de ter esse equilíbrio entre a defesa e o ataque”, salientou o atacante.
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Uma crítica apontada por Gilmar era que os jogadores do Náutico, quando ele chegou, não se falava em campo. “Um defeito grande antes era que não tinha conversa em campo. Ninguém orientava o outro. Então, começamos a nos falar, a alertar o companheiro sobre alguma jogada, e isso está nos dando um maior equilíbrio com essa mudança de postura em campo”, comentou.
DE CONFIANÇA
Se tem um jogador no elenco do Náutico que conhece bem o trabalho de Beto Campos é o zagueiro Léo Carioca. O defensor já trabalhou com o treinador em três clubes: Cruzeiro-RS, Caxias e, por último, na campanha do título Gaúcho no Novo Hamburgo.
“Beto gosta de uma zaga segura, com uma linha de quatro forte e bem postada. Estou conhecendo agora o Feliphe (Gabriel) e o Aislan, mas já conheço o Breno (Calixto) dos tempos do Caxias. O professor é muito competente e se comprarmos a ideia dele e fizer o que ele pede, os adversários vão ter de suar muito para vencer da gente”, disse Léo Carioca, que estreou contra o ABC improvisado na lateral esquerda.
