O Náutico amargará pela segunda temporada consecutiva na Série C do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o time alvirrubro empatou por 1x1 com o Bragantino, na Arena Pernambuco, e observou o acesso à Série B se esvair junto com as chances de gols desperdiçadas na partida. O resultado negativo – o placar agregado aponta vitória do alvinegro por 4x2 – também é responsável por encerrar de forma antecipada o calendário do Timbu, que não disputará mais jogos oficiais em 2018 e voltará à atividade na pré-temporada, em dezembro. O Bragantino, por sua vez, está garantido na Segundona de 2019 e segue firme em busca do título da Série C. Na semifinal, a equipe paulista enfrentará o Operário, que eliminou o Santa Cruz.
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PRESSÃO E NERVOSISMO
O Náutico começou a partida com a desvantagem do placar por 3x1 conquistado pelo Bragantino na semana passada. Por isso, o Timbu precisava de uma vitória com dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis. Um triunfo com placar superior garantiria o acesso direto para a Série B. Pensando nisso, o técnico Márcio Goiano não escondeu que a estratégia alvirrubra seria pressionar o rival, aproveitando, sobretudo, o apoio da torcida alvirrubra na Arena Pernambuco.
Em campo, a equipe não fez diferente. Teve maior volume de jogo e ocupou toda área do Bragantino, que passou boa parte do primeiro tempo recuado. Para se ter uma ideia, nos 13 minutos iniciais o Náutico teve três cobranças de faltas perigosas. A primeira aconteceu aos quatro minutos. Luiz Henrique lançou na área e a bola sobrou para Josa, que chutou para fora. Em seguida, aos nove, o Náutico teve novo lance de falta na entrada da grande área: Assis cobrou em cima da barreira e desperdiçou nova chance. Quatro minutos depois, foi a vez de Camutanga cabecear por cima da meta do Bragantino.
No total, o Náutico teve 14 bolas lançadas na área do Bragantino, sendo sete delas finalizações perigosas. Isso só no primeiro tempo. A equipe alvinegra fez sua parte na marcação, mas o nervosismo foi o principal adversário dos jogadores do Timbu. Depois dos 15 minutos, novas oportunidades foram desperdiçadas. Josa, Luis Henrique, Ortigoza e Dudu erraram finalizações importantes. E foi aos 31 que o Náutico teve a melhor chance do jogo. No lance, Lelê avançou com velocidade e cruzou voltando para Dudu, que, de frente para o gol, cabeceou no conta direito. O goleiro Alex Alves salvou o Bragantino.
Embora estivesse melhor na partida, o primeiro gol na Arena Pernambuco foi time visitante. Aos 33 minutos, o Bragantino abriu o placar após erro de Luiz Henrique. O alvirrubro perdeu a bola e observou Vitinho avançar. Logo depois, Magno dominou na esquerda e arriscou um chute. Bruno estava ligado e espalmou. No rebote, Vitinho ficou com a sobra e tocou para Matheus Peixoto, que não errou o cabeceio.
A resposta do Náutico veio do banco de reservas. O técnico Márcio Goiano nem sequer esperou o intervalo e fez a primeira substituição da partida: tirou Josa para a entrada de Wallace Pernambucano.
PÊNALTI PERDIDO
A história do segundo tempo foi diferente. O Náutico até investiu nas jogadas ofensivas, mas não contou com o mesmo ímpeto dos minutos iniciais. Além disso, a nova postura abriu espaço para o Bragantino trabalhar e tentar ampliar o marcador. O resultado veio logo aos 12, quando os visitantes observaram um gol ser anulado pela arbitragem. No lance, Vitinho invadiu a área, cortou o goleiro Bruno e tocou para o gol. O problema é que o meia cometeu falta em Assis no início da jogada.
Dez minutos depois, Jobson arriscou um chute forte de fora da área no canto direito e Alex Alves espalmou para fora, salvando o Bragantino mais uma vez. Logo em seguida, Wallace Pernambucano perdeu uma cobrança de pênalti e fez a torcida alvirrubra na Arena pela primeira desacreditar no resultado positivo.
Wallace Pernambucano se redimiu logo depois, quando empatou a partida aos 38. Após cobrança de escanteio, o atacante subiu mais alto e acertou cabeceio para deixar tudo igual na Arena. Infelizmente faltavam poucos minutos para o Náutico imprimir uma reação e tentar levar a decisão para os pênaltis. O empate não foi comemorado e confirmou a eliminação na competição e permanência na Série C de 2019.
FICHA DO JOGO
NÁUTICO
Bruno; Bryan, Camutanga, Suéliton e Assis; Josa (Wallace Pernambucano), Luiz Henrique e Lelê (Jobson); Dudu (Rafael Assis), Robinho e Ortigoza. Técnico: Márcio Goiano.
BRAGANTINO
Alex Alves; Marcos Buiu (Everton), Lázaro, Guilherme Mattis e Fabiano; Adenílson, Magno e Rafael Chorão; Vitinho, Matheus Peixoto (Danilo Bueno) e Léo Jaime (Junior Goiano).Técnico: Marcelo Veiga.
Local: Arena de Pernambuco, São Lourenço da Mata-PE. Árbitro: Wagner do Nascimento (RJ). Assistentes: Rodrigo Figueiredo Corrêa e Carlos Henrique da Lima Filho (Ambos do RJ). Cartões Amarelos: Ortigoza, Assis e Camutanga (Náutico) Buiu, Lázaro, Vitinho, Matheus Peixoto, Adenilson e Guilherme Mattis (Bragantino). Gols: Matheus Peixoto (33 do 1º) Wallace Pernambucano (38 do 2º). Público: 27.469. Renda: R$ 879.515,00.