A notícia da prisão do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, surpreendeu a nadadora Joanna Maranhão. Apesar de revelar sua insatisfação com a gestão da entidade há 10 anos, a pernambucana não esperava que o dirigente finalmente protagonizasse uma operação da Polícia Federal. "Tinha esperança que poderia acontecer, mas as respostas sempre eram tão negativas. Era uma luta tão solitária que fiquei surpresa", comentou a nadadora de 29 anos.
Joanna recebeu a notícia logo depois que saiu do treino e pegou seu celular. Foi bombardeada por mensagens e ligações de amigos e conhecidos para falar sobre a prisão do presidente. "Pensei que alguém tinha morrido. Mas quando vi o que era chorei e senti um pouco de alívio", comentou a nadadora.
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A notícia foi bastante comemorada, mas Joanna fez um alerta. "Não tem que achar que a luta está ganha. Eles deixaram pessoas no poder que pensam e agem da mesma forma. A CBDA ainda corre um risco muito grande. A presidência ainda está com eles. Tem uma chapa que é da situação, que apoia tudo que vem acontecendo. Nesse momento temos que ficar em cima deles, temos que optar pela mudança. É uma questão criminal", concluiu.
ENTENDA O CASO
Coaracy Nunes e outras três pessoas ligadas à CBDA foram presas nesta quinta-feira pela Polícia Federal durante a operação Águas Claras, que investiga o desvio de recursos públicos por parte da entidade. A investigação aponta que R$ 40 milhões não foram utilizados devidamente pela entidade. A lei previa que o dinheiro fosse utilizado para fomentar a prática esportiva e garantir convênios da modalidade. Há indícios, porém, que o valor foi repassado para uso pessoal dos dirigentes.