HISTÓRIAS

Emílio Russel, o pernambucano que disputou todas as edições da Refeno

São 52 duas travessias até Fernando de Noronha

Matheus Cunha
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Matheus Cunha
Publicado em 25/09/2017 às 10:36
Sérgio Bernardo/JC Imagem
São 52 duas travessias até Fernando de Noronha - FOTO: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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“Já fiz a travessia até Fernando de Noronha 52 vezes.” É assim que o velejador pernambucano Emílio Russel resume a sua experiência quando o assunto é a Regata Recife/Fernando de Noronha. Ele participou das 28 edições anteriores da Refeno e agora se prepara para a sua 29ª, que começa no próximo sábado, às 11h, no Marco Zero do Recife, região central da capital pernambucana.

Emílio foi até o arquipélago de barco outras 24 vezes por vontade própria. Toda essa paixão pela vela começou quando ele tinha apenas 5 anos, idade que o Mister Refeno (apelido dado pelos companheiros de Cabanga) começou a velejar. Aos 8 veio o seu primeiro barco, da categoria golfinho (atual optimist).

“Essa paixão pelo mar foi passada pelo o meu pai. Ele já velejava quando eu nasci. Eu participei da primeira Refeno em 1986, a convite de Maurício Castro, o idealizador da competição. São 31 anos de Refeno, mas em três não tive disputa (1988, 1990 e 1991). Se tivesse eu estaria lá com certeza”, disse.

O pernambucano não vê muita diferença entre os barcos de 1986 e os de 2017. A principal mudança fica por conta dos avanços tecnológicos, como o GPS e telefone via satélite. “Não mudou muita coisa não. A principal diferença fica por conta da tecnologia, né? Tem também o material que os barcos são feitos, com fibra de carbono. Isso deixa eles mais rápidos. Tirando isso, as diferenças são mínimas”, explicou Emílio Russel.

LIGAR O MOTOR

A expectativa é de que o Avatar complete a travessia entre 40 e 42 horas. Esse tempo poderia ser menor caso o barco fosse até o arquipélago de motor ligado. Apesar disso ser proibido pelas regras da Refeno, várias embarcações se utilizam deste método. O motivo? Vão para Fernando de Noronha apenas para passear, sem qualquer intenção de disputar o troféu Fita Azul (título dado ao barco que completa a prova no menor tempo).

“Eu participei seis vezes com o motor ligado. Sempre competi, sempre quis conquistar o título, mas às vezes vou mesmo só para passear. Aí eu aviso antes à direção da prova que estou ligando os motores e que, por isso, estou fora da competição. Vários barcos fazem isso também. Muitos querem se divertir. Dá para ver muito golfinho até lá”, concluiu Emílio.

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