Mais do que a estreia na Copa do Nordeste, o duelo entre Santa Cruz e Campinense marca um reencontro. Em maio do ano passado, o Tricolor do Arruda arrancou um empate no estádio Amigão e ficou com a taça do Nordestão. Nesta quarta (25), em Campina Grande, as duas equipes se enfrentam pela primeira vez depois da decisão do regional. Totalmente reformulado, o clube pernambucano busca retomar o caminho das glórias de 2016, que começou contra o Campinense.
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As duas equipes disputaram a final da Copa do Nordeste nos dias 27 de abril e 1º de maio. Na partida de ida, no Arruda, o Santa venceu por 2x1, com gols de Grafite e Bruno Moraes. O último tento, por sinal, foi nos acréscimos da segunda etapa. Tiago Sala descontou para o Campinense. Na volta, a Raposa abriu o placar com o atacante Rodrigão e levava a taça até os 33 minutos da etapa final, quando Arthur empatou a partida. Foi o primeiro título regional da Cobra Coral.
No Arruda, o clima de decisão já apareceu, apesar da partida valer apenas pela primeira rodada do Grupo A. Para os jogadores, as dificuldades de se jogar em Campina Grande serão grandes, assim como foram nas partidas da final de 2016.
ADVERSÁRIOS NO NORDESTÃO
“Gostamos de desafios e vamos encarar esse jogo como uma decisão. Acredito que o grupo está bem preparado pela comissão (técnica) e que vai responder dentro de campo para sair vencedor. Eles vão vir muito fortes, assim como a gente”, afirmou o zagueiro Jaime.
Para o zagueiro, com o time ainda em formação, o clube tem que ser cauteloso em Campina Grande. “Sabemos da dificuldade de jogar lá e vamos encarar da melhor forma possível. É jogar fechado, nos contra-ataques e explorando a defesa deles”, ressaltou.
MUDADOS
Quase nove meses depois da final, os elencos de Campinense e Santa Cruz foram reformulados. No Tricolor do Arruda, só os laterais Vítor e Tiago Costa, além do volante Wellington Cézar, que participaram das decisões do regional, permanecem no clube. O time contratou 12 jogadores e perdeu 25 atletas que disputaram a última Série A pela Cobra Coral. Hoje, o grande destaque da equipe é o goleiro Julio Cesar, ex-Náutico.
Já no time paraibano, apenas cinco atletas que jogaram as partidas da final do Nordestão de 2016 atuaram no clássico do último domingo, contra o Treze, pelo Estadual. São eles: o goleiro Glédson (ex-Náutico), o zagueiro Joécio, os volantes Negretti e Fernando Pires e o atacante Filipe Ramón. Destaques em 2016, o meia Roger Gaúcho e o atacante Rodrigão deixaram o clube, assim como o técnico Francisco Diá, hoje substituído por Sérgio China, ex-treinador do Santa.
Com tantas mudanças, os clubes sabem que o início da temporada será complicado para as duas equipes. No Santa, o planejamento é estar pronto para o ano até o final de fevereiro. “Estamos preparados porque sabemos que o nosso grupo tem qualidade. Assim como o Campinense, tivemos poucos dias para trabalhar e estaremos prontos na medida do possível. Com um mês, a gente atingirá a melhor forma”, explicou Julio Cesar.