Grafite não é mais jogador do Santa Cruz. Aos 38 anos, o camisa 23 anunciou nesta segunda-feira que não voltará ao time coral em 2017, encerrando assim sua carreira nos gramados. Assumirá, porém, novo cargo nos bastidores do Arruda: será o embaixador coral fora das quatro linhas. Com quatro passagens pelo Arruda (2001, 2002, 2015/2016 e 2017/2018), Grafite reúne momentos positivos e negativos com a camisa tricolor. Confira os principais momentos dos últimos três anos do jogador no Recife.
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CHEGADA APOTEÓTICA
No dia 1º de julho de 2015, Grafite chegou ao Arruda com status de ídolo. Aportou no Arruda de helicóptero e foi recepcionado por centenas de tricolores. Na ocasião, agradeceu o carinho da torcida, prometeu conquistar títulos e honrar a camisa coral.
Acesso
Contratado como principal reforço da Série B do Brasileiro de 2015, Grafite marcou sete gols e foi peça fundamental no acesso do Santa Cruz à Série A de 2016. Após 10 anos, o time pernambucano voltaria a figurar entre os 20 clubes da elite do futebol nacional. Em cinco meses de Arruda, o artilheiro marcava seu nome na história do clube.
Nordestão
O início de 2016 foi muito bom para o Santa Cruz. Campeão da Copa do Nordeste, o time coral também teve um bom início de Série A. Embalado pelo bom momento, Grafite era o grande destaque da temporada. Cumpriu a promessa de levantar um troféu com a camisa do time coral. No Nordestão, apresentou uma campanha impecável, sendo o artilheiro cinco gols. Foi decisivo em momentos-chaves.
Na Série A
Em 2016, o Santa Cruz voltou a disputar a Série A do Brasileiro após 11 anos. O time foi rebaixado, mas Grafite brigou pela artilheria até as últimas rodadas. Encerrou a temporada com 13 gols de saldo e a vice-artilharia da competição. Ficou atrás apenas de Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e William (Ponte Preta), que balançaram as redes 14 vezes.
Crise interna
No final de 2017, o Santa Cruz voltou a enfrentar nova crise interna. Salários atrasados, jogadores insatisfeitos, funcionários ameaçando fazer greve, além do rebaixamento para a Série C. Com status de ídolo, Grafite mais uma vez mediou a comunicação entre atletas e diretoria, evitando uma greve do time. Entre funcionários, ele voltou a distribuir cestas básicas para quem apresentou situação mais delicada.