O sistema defensivo do Sport deixou bastante a desejar em 2017. No Brasileirão do ano passado, o time rubro-negro teve a defesa mais vazada da competição com 58 gols sofridos - média de 1,5 gol por partida. Porém, já na primeira partida da equipe leonina na temporada, ontem, contra o Atlético Tucumán, Nelsinho Baptista mostrou que foi dada uma atenção especial ao setor.
Contra os argentinos, o Leão não sofreu riscos e o goleiro Magrão foi pouquíssimo acionado. Mesmo com as peças da defesa sendo mantidas e só Léo Ortiz sendo contratado, o treinador rubro-negro conseguiu qualificar o setor apenas com a organização tática e o reposicionamento de alguns atletas do meio de campo.
Leia Também
“Observei alguns jogos do Sport do ano passado e percebi que a defesa ficava muito exposta. Nessa minha chegada aqui coloquei isso para os volantes. Hoje, no futebol mundial, eles são os articuladores e os meias jogam abertos. Então, os volantes têm de ter postura por trás. Não que não possa penetrar e chegar como homem-surpresa, mas não será toda hora”, explicou Nelsinho.
PROTEÇÃO DA ZAGA
Contra o Tucumán, por exemplo, foi perceptível a maior participação do volante Anselmo tanto na proteção da zaga, na roubada de bola e, até mesmo, iniciando as jogadas ofensivas do Sport. “Nos treinos eu orientei para ficar posicionado sempre por trás para ganhar a segunda bola e articular o sistema ofensivo. Dessa maneira, a bola vertical por dentro do adversário não entrou, pois, além da linha de quatro da defesa tínhamos os dois volantes protegendo”, ressaltou.
Com a estabilidade defensiva restabelecida, o treinador pôde dar liberdade aos laterais para chegar à frente. E foi numa dessas investidas que Sander abriu o placar.